sexta-feira, 31 de julho de 2009

Um olhar que diz mais com palavras

" Um Olhar Sobre O Cotidiano" -
primeiro livro do professor, cronista e poeta
Raimundo Antonio de Souza Lopes
Foto: cedida

Ao que sucede ou se pratica habitualmente damos o nome de cotidiano – isto não é novidade para ninguém. Todos nós temos um e o vemos de uma forma diferente e particular.

É, justamente, de um destes olhares que trata o excelente livro “Um Olhar Sobre o Cotidiano” lançado, hoje, neste último dia de julho, às 19h30min, na Biblioteca Municipal Ney Pontes Duarte. Em suas páginas, Raimundo Antonio de Souza Lopes - de quem tive o privilégio de ser aluna – nos revela o seu olhar sobre o dia-a-dia. É um olhar que diz mais com palavras. Ele aborda fatos rotineiros, que para muitos passam despercebidos, de forma magistral e com estilo próprio.

A obra traz o selo do Prêmio Rota Batida, vencedor da categoria crônicas, patrocinado pela Petrobras e com edição da Coleção Mossoroense.

Confesso que tenho um carinho especial por esta publicação, pois me foram facultadas a honra e a responsabilidade de revisá-la. Recomendo, com satisfação, sua leitura e garanto que é um livro imprescindível em toda biblioteca que se preze.

O cronista Raimundo Antonio autografando
o meu exemplar do livro "Um Olhar Sobre O Cotidiano"
Foto: Ângela Gurgel


Em relação ao evento em si, foi uma noite superagradável e concorridíssima. O salão ficou lotado de amigos e familiares do cronista – todos muito bem recepcionados pelo mesmo, por seus dois filhos e sua incansável e gentil esposa. Um de seus colegas de profissão - o professor, compositor, cantor e músico Raimundo Nonato - brindou a todos os presentes com um repertório musical de primeira qualidade – violão e voz realçaram o brilho da festa. Era evidente a alegria do autor por lançar, por mais este canal, para apreciação pública, a sua visão do mundo. Na sua fala, visivelmente emocionado, enfatizou a importância do incentivo aos autores anônimos e a ilustrou contando a história de luta de uma ex-aluna, humilde e desacreditada, a quem teve a oportunidade de orientar e ver lançar um livro de poemas naquele mesmo local – antecipando-se ao seu próprio mestre.

Portanto, estamos todos de parabéns: a cidade, por revelar mais um autor; o próprio, pelo seu talento e os editores e patrocinadores, por acreditarem no potencial literário desta terra.


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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Lançamento de livro

Convite para o lançamento de
mais uma obra de qualidade em Mossoró
Arte: Saulo Gurgel


Com o selo do Prêmio Rota Batida, vencedor da categoria crônicas, patrocinado pela Petrobras e com edição da Coleção Mossoroense, o cronista, poeta e professor Raimundo Antonio de Souza Lopes lançará o seu primeiro livro: “Um Olhar sobre o Cotidiano”.

Como afirmou o próprio autor, em entrevista ao Jornal Gazeta do Oeste, “são crônicas que retratam o cotidiano simples, coisas despercebidas pela maioria além de alguns textos que podem ser trabalhados de forma pedagógica [...] e outros que permeiam o universo do amor.”

Segundo informam o e-mail e o convite, que me foram enviados e são extensivos a todos os meus amigos e familiares, a noite de autógrafos será:

Data: dia 31/07/2009 (amanhã, sexta-feira)
Horário: às 19h00min
Local: na Biblioteca Pública Municipal Ney Pontes - antiga União Caixeiral - na Sala de Exposições Marieta Lima, no Centro de Mossoró.

Desejo êxito ao amigo e ex-professor e confirmo presença.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Um simples "Bom dia!"

Imagem: WEB


Hoje pela manhã, quando percorria, a pé, uma pequena distância que me conduz ao local de trabalho, passei em frente a uma parada de ônibus. Como é de meu feitio, cumprimentei a todos que lá estavam com um sincero bom dia e, para minha surpresa, fui chamada por uma senhora de meia-idade que me falou o seguinte:
“Obrigada, menina! O que você acabou de fazer era tudo o que eu precisava neste momento. Sabe, moro com meu filho e minha nora e estou enfrentando muitos problemas, em casa, e há dias nenhum dos dois me dirige a palavra. Estou sentada, neste lugar, há mais de meia hora. Já passaram dezenas de pessoas e nenhuma delas me deu importância. Simplesmente ignoraram a minha presença. Você foi a única que me enxergou como ser humano e deu sentido ao meu triste dia. Desculpe-me, não quero mais lhe empalhar. Vá com Deus, minha filha, e bom trabalho!”
Em seguida, eu lhe dei o meu melhor sorriso, repeti, com mais ênfase, o cumprimento e lhe disse para ter fé em Deus. Não fosse pelo meu senso de responsabilidade, com certeza, teria ficado mais um pouco para escutá-la e confortá-la; contudo, crianças com dificuldades estavam à minha espera, então, me vi obrigada a deixá-la “sozinha” com o seu conflito afetivo.

Enquanto concluía o restante do percurso, ia refletindo sobre a importância de um simples bom dia e me perguntando: o que custa pronunciar duas palavras, acompanhadas de um sorriso, e dirigi-las a um semelhante? Se alguém já começa o dia sem disposição de espírito para um cumprimento, de que forma irá terminá-lo?


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sexta-feira, 24 de julho de 2009

Deficiência física: formação continuada

Esta semana, em Mossoró-RN, no período compreendido entre os dias 21 e 23, a Subcoordenadoria da Educação Especial – SUESP em parceria com a Coordenação da Educação Especial da 12ª Diretoria Regional de Educação, Cultura e Desportos – DIRED (representada pela técnica responsável: professora especialista Vanda Maria de Melo) deram prosseguimento à formação continuada na área de deficiência física com ênfase em paralisia cerebral.
Técnicas Lorena Mello, Vanda Melo, Ângela Santos
e seu filho Lucas e a aluna Geyse Clistian no momento
em que recebia sua nova cadeira de rodas
Foto: Josselene Marques
O excelente e indispensável curso foi ministrado pelas técnicas da SUESP/Natal: terapeuta ocupacional e psicopedagoga, com especialização em deficiência física, Ângela Maria Silva Santos e a psicopedagoga, com especialização em paralisia cerebral, Lorena Figueiredo Caldas de Mello.



Lorena, Lucas, Ângela e Dulceneide Holanda (SAPES)
Foto: Josselene Marques


Vemos a iniciativa como mais um ponto em prol da inclusão, pois esta formação, em especial, foi extensiva aos gestores, coordenadores e supervisores. Isto significa o envolvimento de todos os profissionais da educação e não apenas dos professores e dos pais dos alunos com deficiência. Respaldados e capacitados, os docentes, certamente, ficarão mais seguros e tranquilos para realizar um trabalho eficiente e de qualidade.



A terapeuta ocupacional Ângela Santos
atendendo Francisco Erislan
Foto: Josselene Marques


Nesta oportunidade, alguns alunos com deficiência física, da rede estadual de ensino, que necessitam de cadeira de rodas, andadores e acessórios adaptados, foram atendidos pelas técnicas da SUESP que fizeram medições e prescrições a fim de que o material necessário seja solicitado ao Sistema Único de Saúde - SUS.

Josselene Marques (AEE), Verinha Lopes (DAIN-UERN),
Vanda Melo (12ªDIRED) e alunas com deficiência física

da rede estadual de ensino.
Foto: Celidan

Sentimo-nos privilegiadas em participar deste grupo de estudos, formado por pessoas comprovadamente comprometidas com a educação, e aproveitamos este espaço para parabenizá-las.



Apresentação de trabalhos: grupo de professoras-alunas
dá sugestões de atividades com material adaptado para
pessoas com deficiência física.
Foto: Josselene Marques


Não resta dúvida de que, ao nos aperfeiçoarmos, estamos automaticamente colocando mais um tijolinho na construção de um mundo no qual todas as pessoas, sem exceção, terão garantidos não só o direito, mas também as condições de exercer, plenamente, a sua cidadania.
Que venham mais formações!



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quarta-feira, 22 de julho de 2009

Anoitecer pela manhã

Um novo eclipse solar total somente ocorrerá daqui a 123 anos
Imagem: WEB

Um raríssimo fenômeno de alinhamento entre a Terra, a Lua e o Sol ocorreu nas primeiras horas desta manhã - 22 de julho de 2009. Aproximadamente dois bilhões de pessoas fascinadas puderam ver toda a luminosidade do Sol ser encoberta pela Lua no mais longo eclipse solar do século XXI, que durou cerca de 6 minutos. Apenas Índia, Nepal, Butão, centro da China, várias ilhas do Pacífico, sudeste asiático e parte da Oceania serviram de observatório para os terráqueos.
Felizmente, a tecnologia proporcionou, ao restante do planeta, o privilégio de também assistí-lo pela TV.

Segundo os astrônomos, um novo eclipse solar, deste porte, somente acontecerá em 2132. Portanto, um outro igual, só daqui a 123 anos. Lamentavelmente, não estarei por aqui para “contar a história”.
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terça-feira, 21 de julho de 2009

Que tal refletirmos um pouco?

Imagem: WEB

Mário de Miranda Quintana (1906 - 1994) - Foi poeta hum, Jornalista e tradutor brasileiro Que se Destacou, entre outras Coisas, Pela Sabedoria SUA. O Texto Abaixo Comprova isso ...

Deficiências - Mário Quintana

"Deficiente" É Aquele Que Não consegue Modificar Sua Vida, Aceitando Como imposições de Outras Pessoas OU Em que vive da Sociedade, sem ter Consciência de Que É Seu dono do Destino.

"Louco" Não é Quem Procura Ser feliz com o Que Possui.

"Cego" É Aquele Que Não Vê Seu Próximo Morrer de frio, de fome, de miséria, e Tão dores TEM SEUS n míseros Olhos Problemas e Pequenas.

"Surdo" É Aquele Que Não andamento TEM UM Ouvir desabafo de amigo de hum, OU O Apelo de hum Irmão. Pois semper ESTÁ apressado Para o Trabalho e SEUS tostões garantir Quer sem Fim do show.

"Mudo" É Aquele Que Não consegue Falar o Que Sente e se esconde Por Trás da Máscara da hipocrisia.

"Paralítico" É Quem não consegue andar nd Direção daqueles Que Permite, Como de SUA Ajuda.

"Diabético" Quem E não consegue Ser doce.

"Anão" Quem não SABE É deixar o amor Crescer.

E, finalmente, a Pior das Deficiências É Ser miserável, os PIs:

"Miseráveis" São Todos Que Não conseguem Falar com Deus.


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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dia Internacional da Amizade


Imagem: Web / Arte by Luíza


DIA INTERNACIONAL DA AMIZADE
©Josselene Marques

Hoje, 20 de julho, celebramos o Dia Internacional da Amizade. Normalmente, é uma data que não passa em branco. Dependendo do país e da cultura de seu povo, ela merece maior ou menor destaque.

No Brasil, observamos manifestações de apreço, carinho e a troca de cumprimentos mais efusivos entre as pessoas. No entanto, é lamentável que, na maioria dos casos, esta forma sadia de se relacionar não se estenda aos demais dias do ano e de nossas vidas. Os afazeres nos absorvem e limitam o nosso tempo nos impedindo de cultivar, como deveríamos, as amizades que conquistamos. Felizmente, os amigos são frutos das relações mais sólidas e permanecem, já que, segundo Mário Quintana, “a amizade é um amor que nunca morre”. Contudo, os vínculos de companheirismo e coleguismo tendem a se desfazerem com o tempo, por não serem profundos.

Vez por outra, nos relacionamentos de amizade, deparamo-nos com pessoas que agem de forma hipócrita, interesseira e temos dificuldades para discernir aqueles que realmente nos dedicam um sentimento sincero. Não é tarefa fácil identificá-los. Infelizmente, somente os distinguimos, com segurança, quando passamos por tribulações. Nessas horas, apenas os verdadeiros ficam do nosso lado e nos prestam sua solidariedade. Você há de concordar comigo que um amigo verdadeiro é muito raro e vale muito mais que dinheiro.

Portanto, fiquemos atentos e, quando eles forem revelados, façamos o possível para que continuem integrando o nosso círculo de amizades, pois um amigo verdadeiro é um tesouro a ser preservado.

Ah! E não nos esqueçamos dos velhos amigos distantes que, sem dúvida, tiveram um papel relevante em nosso crescimento pessoal e/ou profissional.

Feliz Dia do Amigo a todos vocês que me honram com suas visitas e abraços especiais para os meus amigos fiéis.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Informática

Imagens do Clip-art
Arte de Selene


→ Do francês informatique, informática foi um vocábulo criado por Philippe Dreyfus, em 1962, a partir do radical do verbo francês informer, por analogia com mathématique, électronique, etc.

→ O símbolo @, usado no endereçamento das mensagens eletrônicas, significa at (em, no/na) em inglês. Portanto, um endereço como maria@yahoo.com.br quer dizer: Maria, que está em ([at]/@/yahoo, que é uma organização comercial [com] situada no Brasil [br]).

Web é uma teia, como as de aranha, por exemplo, e por isso é entendida como a grande rede de computadores da Internet.

Surf significa onda e surfing é o esporte que nos faz deslizar sobre essas ondas: daí o termo ser usado para exprimir a ideia de irmos de site em site pela Internet.



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segunda-feira, 13 de julho de 2009

Sensores lotados: açúcar demais enjoa porque entope a língua

Glicose tapa as papilas
e oblitera o paladar
Imagem: WEB

Por que, depois que comer algo muito doce, outras comidas nos parecem sem sabor?

É uma sensação esquisitíssima. Experimente comer um pedaço de pudim com muita calda e tomar um gole de suco logo depois. O gosto é dantesco. Isso acontece porque a sua língua passa um tempo entupida. Entupida, mesmo. Nela existem pequenas estruturas em forma de cogumelo chamadas botões gustativos. Elas contêm sensores nervosos, que enviam ao cérebro as informações sobre os sabores. Quando você come algo muito doce, a saliva fica com uma concentração tão grande de açúcar que todas as papilas acabam cobertas de glicose. Qualquer outro alimento que você provar a seguir parecerá sem gosto. Essa sensação ocorre não apenas com o doce mas também com os outros sabores. “Se você experimentar algo muito salgado e em seguida um doce, também não sentirá o sabor”, explica Ricardo Ferreira Bento, otorrinolaringologista da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. É por isso que os degustadores profissionais costumam beber um copo d’água ou comer um pedaço de pão entre um prato e outro. Isso serve para “limpar” os sensores de sabor.
Sensores lotados:

1. A língua está cheia de papilas gustativas, os sensores que comunicam o sabor ao cérebro.

2. Quando você come algo muito doce, a saliva enche-se de açúcar. Todas as papilas são tapadas e outras moléculas saborosas não conseguem se ligar a elas.


Revista SUPER Interessante, edição 152, Maio/2000.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Das Utopias




Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A mágica presença das estrelas!

MÁRIO QUINTANA. 80 anos de poesia. Rio de Janeiro: Globo, 1986.

José Alencar: um exemplo de brasileiro

Vice-presidente do Brasil - José Alencar -
otimismo e persistência
Imagem: WEB


Apesar de reconhecer a sua importância, confesso que não tenho muita simpatia pela maioria dos políticos. A demagogia, o não cumprimento das promessas de campanha e a corrupção – geralmente, de permeio em sua prática - justificam a minha aversão.

No entanto, dentre os estadistas, que temos no Brasil, há um por quem tenho especial respeito e admiração. Refiro-me ao Vice-presidente brasileiro – atual Presidente em exercício - José Alencar Gomes da Silva que, ontem, passou por sua 14ª cirurgia, numa luta obstinada contra um câncer na região abdominal, descoberto há 12 anos.

O que mais me impressiona é a sua coragem, persistência, disposição invejável para o trabalho, o seu otimismo e amor pela vida e pela política.

Mesmo nas horas mais difíceis está sempre com um sorriso no rosto – a sua marca – encorajando seus familiares, amigos e eleitores - quando, na verdade, deveria ocorrer o contrário.

Este homem extraordinário nasceu há 77 anos, começou a trabalhar aos 7 e iniciou seu próprio negócio aos 18. Assumiu os mais diversos e importantes cargos, principalmente, nas áreas industrial e política (é o proprietário da Companhia de Tecidos Norte de Minas, Coteminas - a mais moderna fábrica de fiação e tecidos do país) até chegar ao Palácio do Governo, em Brasília.

Torço, sinceramente, pela sua recuperação e o vejo como um exemplo de brasileiro – digno não só de ser admirado, mas também imitado. Que Deus o conserve, ainda, muitos anos entre nós.


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terça-feira, 7 de julho de 2009

Para refletir...

Imagem: WEB

"Quando se elimina o impossível, o que sobra, por improvável que seja, deve ser a verdade."


Arthur Conan Doyle (1859- 1930) - foi um escritor inglês.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Reflexão: o mundo pode ser feliz e não sabe

Imagem: WEB


Nestas primeiras horas da manhã, de um veículo em movimento, tenho uma visão privilegiada do percurso que me levará ao meu destino. À minha frente, um céu azul decorado de nuvens brancas e esparsas. Um pouco mais abaixo, do meu campo de visão, algumas elevações de terra vestidas de verde. Nas laterais, dois tapetes - de várias texturas e tonalidades esverdeadas ornados com flores brancas, vermelhas, lilases e amarelas - divididos por caminhos de terra ou de água. Respiro o ar puro que invade as minhas narinas e me deleito com o aroma que vem do campo. O som do carro está ligado. Escuto hinos religiosos que me falam do poder e da misericórdia de Deus - sempre pronto para nos abençoar, proteger e ajudar. Uma sensação de paz se faz presente. Todo o meu ser emana tranquilidade e alegria. Considero-me abençoada por fazer parte deste cenário paradisíaco. Logo adiante, vejo um riacho. Impulsivamente, desejo mergulhar em suas águas límpidas e penso comigo mesma: este ainda não foi poluído pela inconsequência humana. Resisto e sigo em frente. O sol, agora, está forte. Sua energia em meu rosto é minimizada pela brisa suave que deixa em desalinho os meus cabelos. A seguir, vejo crianças brincando despreocupadas, alegres e inocentes na área externa de suas humildes casas à beira da estrada.

Em flashback, recordo a minha infância, na companhia dos meus irmãos. Todos os dias costumávamos ocupar o nosso tempo livre correndo, saltando, subindo em árvores, brincando de casinha, encenando peças teatrais, de nossa autoria, entre tantas outras brincadeiras próprias desse período do desenvolvimento humano. Que tempo maravilhoso! Quanta saudade! Tudo era tão singelo! As nossas aspirações não eram nada ambiciosas. Amávamos e valorizávamos o que tínhamos – assim fomos ensinados por nossos pais e nossa avó materna.

Por que o mundo mudou tanto? Por que, atualmente, ele é tão exigente e ganancioso? Penso que a origem da miséria, das injustiças e das desigualdades está no seu egoísmo e na sua ambição. Por que ele não enxerga a beleza das coisas pequenas e simples? Por que não se contenta nunca? Por que teimar em ser infeliz, enquanto se ilude, buscando no consumismo e nas futilidades uma felicidade que está em seu interior?

Estou quase chegando ao fim desta viagem, sempre reflexionando e tentando entender o porquê de certas atitudes e incoerências humanas. Estou consciente de que, por enquanto, não conseguirei responder a todas as perguntas que me faço, mas de uma coisa eu tenho certeza: o mundo, apesar de todas as adversidades, pode ser feliz e não sabe. Pobre mundo!


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quarta-feira, 1 de julho de 2009

Inclusão e cidadania: figurantes do ensino regular em extinção

Todos têm direito à educação: cabe a nós
descobrir como cada um deles aprende.
Foto: Luciane Pavini

É com otimismo que observamos o avanço do processo de inclusão escolar nesta última década. Vários fatores têm contribuído para que mudanças venham ocorrendo no sistema educacional e, mais especificamente, em algumas escolas. Dentre eles, destacamos o apoio da mídia, a criação de leis, assinatura de decretos, cursos para formação de professores, custeio de equipamentos e materiais pedagógicos adaptados, construção de salas multifuncionais para o atendimento educacional especializado, enfim, uma gama de recursos investidos na educação para melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência.



No entanto, para fazermos cumprir as leis, deparamo-nos, até o presente, com inúmeros desafios e obstáculos que vão desde a resistência por parte de alguns profissionais de diferentes áreas, da maioria dos pais até os entraves relacionados à acessibilidade, em todos os níveis, e às parcerias com alguns profissionais de áreas afins – que, por desconhecerem a seriedade do trabalho especializado da área educacional, acabam dificultando ou comprometendo, embora não deliberadamente, o processo de inclusão.



Com relação ao grande número de professores, ainda sem a formação inclusiva, observamos, de sua parte, a angústia, a ansiedade, o medo e muitas dúvidas. Realmente, é natural que se comportem assim diante de desafios dessa monta. Contudo, não precisam permanecer neste estágio. Eles têm que sobrelevar, buscar caminhos e não fórmulas, receitas prontas ou manuais – até porque eles não existem.



A diversidade é tão grande que, somente conhecendo cada caso, teremos condições de descobrir como essa pessoa com deficiência aprende, do ela que necessita, quais as competências que ela traz consigo e – ninguém se iluda! – não será nenhum curso que irá lhe dar essas respostas. É lógico que eles ajudam, facilitam, esclarecem, mas somente o convívio, a troca, a tentativa de comunicação é que nos darão o norte para explorarmos suas inteligências múltiplas e lhes oferecermos condições adequadas para aprenderem e, desta forma, garantirmos o cumprimento do seu direito à educação e ao pleno exercício de sua cidadania.



Inclusão escolar: não há mais espaço para figurantes
Foto: Luciane Pavini

Se não tivermos a sensibilidade de admitirmos que pessoas com deficiência precisam ser abrangidas e não lhes dermos a atenção e o apoio necessários, elas apenas estarão inseridas, e não incluídas em sala de aula, ocupando carteiras e papéis de importância secundária – o que poderá provocar reações diferenciadas: alguns permanecem passivos, outros demonstram sua insatisfação através de atitudes agressivas como forma de chamar a atenção para si.



Portanto, para que tenhamos condições de atendê-los, de forma criativa e eficiente, são necessárias muitas trocas de experiências entre as pessoas comprometidas com a inclusão e a constante busca de parcerias com a família e com os profissionais de outras áreas. Elas são relevantes e nos darão tranquilidade para educarmos na diversidade, observando a ética e jamais permitindo que os alunos com deficiência sejam meros figurantes do ensino regular.



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