quarta-feira, 30 de maio de 2012

"Happy hour" histórico

Hoje, o meu final de tarde foi muito especial.

Atendendo a um convite dos que fazem o Colégio Diocesano Santa Luzia, onze anos depois, retornei ao berço de minha formação profissional.


Jamais esquecerei o dia em que sua coordenadora administrativa, Raimunda Almeida (Tia Mundinha), me admitiu de pronto, sem nenhuma burocracia – modéstia à parte, seu “olho clínico” discerniu que poderia investir em mim. Recordo-me, ainda, da forma como me apresentou à última turma de pré-vestibulandos que funcionou no período noturno (ano de 1988): “Esta moça será a professora de Inglês de vocês. Quero que a tratem muito bem. Olhem lá: o que fizerem a ela, estarão fazendo a mim”. Com uma apresentação dessas, não deu outra: os alunos colaboraram e nos saímos muito bem – eu nas aulas e eles nos exames.

Tia Mundinha, eu e Tia Zélia

Por mais de uma década lecionei no Dió (apelido carinhoso do colégio, comumente usado pelos mais íntimos), onde não só os alunos aprendem, mas também os professores. Posso ilustrar esta afirmação com um flashback que me chega neste momento: eu me vejo, exatamente, no dia em que fui convidada para fazer um programa de rádio – “O Diocesano dá a dica”, que tinha como público-alvo os alunos concluintes pré-vestibulandos. Confesso que tremi na base. Na época, além de extremamente tímida, jamais havia sequer entrado em um estúdio. Ministrar aulas de inglês pelo rádio, ao vivo, eis, pois, o desafio que me foi apresentado. Aceitei. Fui. Consegui. Vale salientar que esta foi apenas uma das muitas oportunidades que o Diocesano me deu para ousar, aprender e crescer como ser humano e profissional. 

Ontem, ao receber o convite das mãos da professora Lúcia Câmara, senti uma alegria enorme por haver sido lembrada, reconhecida e homenageada como uma das mulheres que se tornaram sujeitos da história desse tradicional e conceituado estabelecimento de ensino.

Flagrantes das apresentações dos alunos do CDSL durante o evento
A mulher através da história

Você deve estar curioso (a) para saber o que eu fiz de diferente para merecer tal deferência, não mesmo? 

É que, já próximo à data do meu pedido de demissão (após um concurso, tive que me afastar do Dió para assumir um cargo na rede pública de ensino), idealizei o carimbo comemorativo dos 100 anos do antigo Colégio dos Padres. Na época, eu era vice-presidente do Clube Filatélico e Numismático Mossoroense e intermediei todo o processo para a confecção e utilização do carimbo pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT. Com esta contribuição, acabei entrando para a história deste colégio como a responsável pelo carimbo do seu centenário (1901-2001).

Carimbo do Centenário do CDSL
Por gentileza, clique na imagem para ampliá-la

Profª. Raimunda Almeida, Pe. Sátiro Cavalcante, eu, Prof. Válter Rebouças e Profª. Lucinha Gurgel
Foto da missa solene de lançamento do Carimbo do Centenário
 do Colégio Diocesano Santa Luzia

Este "happy hour" histórico se configurou em mais um marco na minha carreira. Ser homenageada, juntamente com pessoas maravilhosas como Tia Zélia da UNIFAM e Lisonete Scherzinger (conhecida como Irmã Ellen) do Lar da Criança Pobre, foi uma honra e um prazer. São essas “surpresas” que me fazem, cada vez mais, acreditar no ditado que diz: “sempre colhemos o que plantamos”, não importa quanto tempo tenhamos que esperar.

Mulheres homenageadas através do projeto interdisciplinar
  MULHERES ONTEM, HOJE E SEMPRE 

Funcionários do CDSL

Comunidade diocesana (pais e filhos)


Copyright © Josselene Marques 
Fotos: Josselene Marques e Josy Medeiros
(30.05.2012)

sábado, 26 de maio de 2012

Dios salve a la Reina

Google Images

Depois de alguns dias de ausência, em virtude de estudos extras, estou de volta a este espaço. Aproveito para recomendar o post mais recente do meu amigo Beto, através do qual ele nos apresenta um grupo musical de sua cidade – Rosario/Argentina: "Dios salve a la Reina" é o seu nome, em homenagem à banda “Queen”.

No referido post, além de nos brindar com trechos de um recital, ao vivo, o administrador do blog Baladas Mp3 faz um resumo sobre a história da que é considerada a melhor banda tributo ao Queen. 

Ouvir “How can I go on” me fez voltar à adolescência por alguns minutos... E que viagem agradável!!!

Em breve, nos meses de julho e setembro, esta banda fará shows em quatro cidades do Brasil: Rio, São Paulo, Recife e Caruaru.

Sem dúvida, vale a pena conferir o post e as apresentações.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

O poder da comunicação

Que tal refletirmos tendo como base esta frase de Daniel Webster? 

"... se eu tivesse que perder todas as minhas posses e atribuições, com apenas uma exceção, escolheria ficar com o poder da comunicação, pois com ele eu logo reconquistaria todo o resto."

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Para refletir...

"Você quer ser feliz por um instante? Vingue-se. Você quer ser feliz para sempre? Perdoe."

 (Tertuliano)

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A imagem e os eus

Foto: Josselene by Maria Luíza 

A IMAGEM E OS EUS.
Por Josselene Marques

A princípio, apreciamos a imagem – o eu aparente – da pessoa e não a sua essência. Por isso mesmo nos impressionamos e nos deixamos seduzir tão facilmente.

O fato é que dificilmente conhecemos o eu real de alguém. É raro encontrar uma pessoa transparente ou autêntica. Mesmo que ela consiga realizar tal proeza, em certas situações da vida pessoal, do trabalho e dos demais relacionamentos em sociedade, fatalmente, acabará tendo que dissimular para conciliar; principalmente, se sua intenção for agradar e ganhar simpatia, confiança e admiradores – em detrimento da lidimidade individual. Sem contar que há, também, quem assim proceda por interesses escusos – apenas para satisfazer desejos egoístas. Entretanto, em ambos os casos, prevalece a hipocrisia, que macula a alma e faz pesar a consciência de alguns.

Para sermos verdadeiros, faz-se necessária a harmonização do eu real com o eu ideal e o autoconceito. Além disso, precisamos nos livrar do medo de nos expressarmos sinceramente e agirmos com justiça e ética, embora tal postura possa ter consequências indesejáveis e prejudiciais. É o preço que sempre nos será cobrado por nossas escolhas e atitudes autênticas.

Especificamente, nos vários níveis e tipos de relacionamentos afetivos, por um variável período, temos o hábito de seguir gostando das imagens que condizem com uma prévia e íntima idealização. Contudo, mais cedo ou mais tarde, o convívio diário poderá destruir, reciprocamente, essa ilusão, pois ninguém consegue fingir ininterruptamente. Vez por outra, o eu real se descuida e aparece, chocando a quem está bem mais próximo de nós. De forma paulatina, as decepções vão se acumulando, o querer, a paixão e o amor se desgastando. Então, o desinteresse chega e se instala. O fim torna-se iminente. Afinal, não é tão fácil permanecer ao lado de quem conhecemos profundamente – só quem ama goza deste privilégio.

Apenas o amor é capaz de resistir, relevar, compreender e perseverar. É comum ouvirmos esta frase de pessoas que estão enfrentando uma crise afetiva: “Esta não é a pessoa a quem eu amei, ‘quando a conheci’.” Exatamente! Elas estão certas porque, na verdade, elas amaram o EU aparente dos seus escolhidos – uma projeção personalizada e estilizada pela mente seletiva – e não o âmago de cada uma dessas pessoas, com suas virtudes e defeitos inerentes a todos os seres humanos.

Então, o que nos resta fazer? Temos apenas duas opções: ignorarmos a realidade e persistirmos na ilusão e na acomodação ou aprendermos com as experiências. Uma coisa é certa: em todas as vezes que pensamos maduramente e enxergamos as pessoas através de um novo e perscrutador olhar, automaticamente, poupamo-nos de algumas dores desnecessárias ou evitáveis.

Entretanto, não podemos esquecer de que nossa visão é limitada e, conforme o grau do envolvimento, mesmo o eu real se revelando, ele poderá passar despercebido, já que sagacidade não combina com emoção e há eus intransponíveis. Enfim, por mais previdentes que sejamos jamais estaremos totalmente livres de nos enganarmos ou sermos enganados.

Copyright © Josselene Marques
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domingo, 13 de maio de 2012

Mãe descartável

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Vivemos, novamente, a alegria de mais um Dia das Mães.

Fugindo do que é comum, quero aproveitar a oportunidade para homenagear uma “minoria” injustiçada e desprezada: a das mães descartáveis.

A princípio, o adjetivo parece impróprio, mas é o que melhor especifica as vítimas da ingratidão e da falta de apreço de filhos extremamente egoístas. Estes, por serem incapazes de conviver com a velhice materna e tudo quanto lhe é inerente, desobrigam-se do dever de dispensar o mínimo respeito e a devida assistência às suas mães, exatamente na hora em que elas mais necessitam. 

Embora a contragosto, bem ou mal, há os que aceitam a permanência das genitoras em suas novas famílias. No entanto, vivem a alegar tudo que lhes dão ou fazem, forçando-as a se sentirem “estorvos” em suas vidas.

Há ainda os que agem de forma mais cruel: largam-nas em asilos para idosos (por melhores que sejam estas instituições, elas não substituem o lar) ou na companhia de pessoas inescrupulosas que, na grande maioria dos casos, submetem-nas a humilhações e diversos tipos de violência.

Pobres filhos! Cruéis criaturas! Eles esquecem, rapidamente, dos anos, meses, semanas, dias e noites que lhes foram dedicados espontânea e gratuitamente por estes seres que o tempo, as enfermidades e as limitações próprias da idade tornaram, de certa forma, inativos e carentes de redobrado cuidado e especial atenção. 

Portanto, ter para a mãe todos os desvelos não é apenas um preceito, mas uma questão de justiça, reconhecimento e demonstração de gratidão. É, principalmente, na sua velhice que temos a oportunidade de retribuir tudo de bom que delas recebemos desde a gestação.

Mãe descartável, neste Dia das Mães, receba o carinho e o respeito de alguém que não a conhece, mas sabe da sua existência.


Copyright © Josselene Marques
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sábado, 12 de maio de 2012

Amor de Deus


Adão e Eva nas mãos de Deus
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"No vasto universo, você é um minúsculo ser; mas na imensidão do amor de Deus, você ocupa o centro."

(Aderb)

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Mãe... Lenice Bernardo

Poema-cartão de autoria da minha amiga Lenice Bernardo.

O Quintal do Vizinho - Roberto Carlos

O Quintal do Vizinho
Composição: Roberto Carlos & Erasmo Carlos

Foto: Josselene Marques
 Montagem: no site http://funny.pho.to/

 Eu hoje acordei pensando
Num sonho que eu tive à noite
 Sentei-me na cama para pensar
 No sonho que eu tive
 No sonho que eu tive
 No sonho que eu tive

 Fiquei tanto tempo pensando
 Em tudo que estive sonhando
 Que por um momento
 Pensei ser verdade
 O sonho que eu tive
 O sonho que eu tive

 Sonhei que entrei
 No quintal do vizinho
 E plantei uma flor
 No dia seguinte ele estava sorrindo
 Dizendo que a primavera chegou

 E quando eu abri a janela
 Estava um dia tão lindo
 No outro quintal
 O vizinho sorrindo
 Lembrei do meu sonho
 O sonho que eu tive
 O Sonho que eu tive.

Para escutar a música, clique aqui.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Poesia

Ilustração: Cleto de Assis

 "Um mérito inegável da poesia: ela diz mais e em menor número de palavras que a prosa."

 (Voltaire)

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Limitações

Ao anoitecer, na areia da praia, um garoto cadeirante
 está a jogar bola com uma garotinha...
 Imagem: Google

 Ter limitações não significa
 Que você não possa ousar, transpor.
 Ter limitações não pode
 Impedi-lo (a) de viver bem.


 Ter limitações não é desculpa para deixar
 De aprender, criar, aceitar, recusar, amar, ser.
 Não esqueça: viver é um eterno desafio
 Para toda a diversidade humana. 


 Copyright © Josselene Marques 
 Todos os direitos reservados

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Os espelhos

Foto: Josselene por Maria Luíza
Montagem: Josselene Marques 


Os espelhos são objetos que atraem – principalmente as mulheres. Dificilmente passamos diante de um deles e conseguimos ignorá-lo. Mas, afinal, para que servem os espelhos? 
Além de nos fornecerem informações precisas da nossa imagem, eles também nos lembram que, à nossa revelia, os anos passam e deixam marcas e transformações no corpo. Esta consciência é essencial para aceitarmos e nos adequarmos a essas mudanças, já que o espírito permanece jovem a despeito do correr do tempo. Se não fossem os espelhos, nós poderíamos estar sujeitos a inúmeros constrangimentos, contratempos e perigos.


 (Copyright © Josselene Marques)

terça-feira, 1 de maio de 2012

Razão e sentimento

Abaixo, a título de subsídio para reflexão, compartilho uma frase do filósofo francês Rousseau (1712-1778): 

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"Se é a razão que faz o homem, é o sentimento que o conduz."

Festa da Gazeta do Oeste: viagem ao túnel do tempo

Por favor, clique na imagem para ampliá-la
Fotos e montagem: Josselene Marques


Hoje, Dia do Trabalhador, estou aqui a relembrar a noite passada, na qual tive o privilégio de participar do segundo evento em comemoração aos 35 anos do jornal Gazeta do Oeste.

Indiscutivelmente, foi uma linda festa no belo e confortável Teatro Dix-huit Rosado – que serviu de transporte para uma viagem retrospectiva pelos 35 anos do conceituado periódico. Durante o percurso, depoimentos de autoridades e exibição de vídeos (relembrando sua história e prestando homenagens) entremeados por apresentações de excelentes artistas locais (Symara Tâmara, Alan Jones, Samba Nobre, Dayanne Nunes, Alzinete de Oliveira e Grupo Vina) que nos brindaram com suas belas vozes e com o melhor da MPB produzida nas últimas três décadas. Simultaneamente, foram exibidos eslaides, com imagens digitalizadas de edições anteriores do jornal impresso, que me fizeram não só reviver os principais acontecimentos de um passado que coincidiu com o período da minha adolescência e juventude, mas também fazer uma análise das mudanças significativas ocorridas, principalmente, em nossa cidade. Por exemplo: nas manchetes das primeiras edições o assunto predominante era a política, nas atuais, é a violência.

Foi, sem dúvida, uma noite memorável e edificante.


Obs.: Para ter acesso a mais fotos, clique aqui.