domingo, 1 de maio de 2011

Dia do trabalhador

Imagem do Google



Para o filósofo e professor francês Émile-Auguste Chartier, conhecido como Alain - um ferrenho defensor da liberdade do pensamento e da pessoa humana diante de qualquer poder constituído, "O trabalho é a melhor e a pior das coisas: a melhor, se for livre; a pior, se for escravo."


Concordo plenamente com o filósofo, pois é terrível passar a maior parte do dia ou da noite realizando um trabalho desgastante pelo qual não recebemos remuneração, não somos reconhecidos em nossos esforços ou, na melhor das hipóteses, apenas nos é paga uma quantia simbólica e humilhante. Precisamos reconhecer este fato: a escravidão não foi totalmente abolida. A exploração do homem pelo homem continua. Para constatarmos que ainda há muitas pessoas trabalhando sob esse “regime”, é bem simples: basta pedirmos ajuda ao buscador São Google* e ficaremos surpresos ao descobrirmos que esse crime é mais comum do que imaginávamos. Para um trabalhador, pior que isso, só o desemprego - a ociosidade forçada.



Entretanto, se tivermos a oportunidade de assumirmos, espontaneamente, um trabalho que nos agrade e pelo qual nos seja pago um salário justo ou, de alguma outra forma, sintamo-nos recompensados com os resultados do mesmo, a tendência é sermos produtivos e bem sucedidos, como disse Bob Dylan: "Um homem é um sucesso se pula da cama de manhã, vai dormir à noite e, nesse meio tempo, faz o que gosta."


Quero também de enviar palavras de incentivo às pessoas que ainda estão à procura de trabalho: qualifiquem-se. Invistam em vocês mesmos, na medida do possível. Nosso país precisa, permanentemente, de mão de obra especializada. Vemos nos jornais, todos os dias, ofertas de emprego; mas, infelizmente, muitos não se encaixam no perfil exigido, justamente, por falta de uma formação ou qualificação para as funções ou os cargos disponibilizados.


Por fim, nesta data, aproveito a oportunidade para parabenizar ao trabalhador comprometido que ajuda a construir e a manter este mundo em suas diferentes áreas. Precisamos de todos. Contudo, faço um agradecimento especial ao trabalhador que acorda e labora de madrugada, ao que trabalha sob o sol ou a chuva, ao que desenvolve atividades de risco, ao que sacrifica horas junto à família, fazendo horas extras para honrar seus compromissos, por não receber um salário digno. São pessoas extraordinárias, corajosas e dispostas. Em parte, a elas devemos a construção da casa onde moramos, as ruas e estradas pelas quais passamos, a sombra da árvore onde nos abrigamos do sol forte ou estacionamos nossos automóveis, o pão fresquinho pela manhã ou o socorro em caso de emergência, entre tantas outras coisas que fazem parte do nosso cotidiano. Por mais que a tecnologia avance e máquinas invadam os mais diversos setores da economia, o trabalhador sempre será necessário, pois, como escreveu Elbert Hubbard, “Uma máquina pode fazer o trabalho de cinquenta pessoas comuns, mas nenhuma máquina pode fazer o trabalho de uma pessoa extraordinária”.


Feliz Dia do (a) trabalhador (a)!



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2 comentários:

Anônimo disse...

Assino embaixo deste texto. Muito bom, reflexivo e nos mostra que o homem, para viver em coletividade - e sendo justo - ainda precisa de muito. Como bem disse você, a história da humanidade começa com "a dominação do home pelo homem" quando descobre (e inventa), lá na Idade dos Metais, as ferramentas necessárias para acumular excedentes. E, como bem disse você, esses homens valorosos que, com suas simplicidades constroem esta nação (e todas as nações do mundo), são, de fato, os verdadeiros merecedores deste dia.
Abraço,s
Raí

Ilaine disse...

Amiga, linda!

Como sempre, você reflete sobre os assuntos mais atuais, acompanhando constantemente, o fluir dos dias: as datas e as comemorações. Linda crônica, Josselene! Sim, o trabalho deve ser livre e deve trazer felicidade, pois ele ocupa a maior parte de nosso dia. Uma máquina realmente é incapaz de realizar o trabalho de uma pessoa estraordinária. Que impressionante verdade... e bela. Beijo no coração