domingo, 26 de março de 2017

Valores humanos



OS VALORES HUMANOS
Por Josselene Marques     

Nestes últimos anos, a violência (física, institucional, intrafamiliar, moral, patrimonial, sexual) e o desprezo pela vida têm crescido assustadoramente. Nos ambientes urbanos e domésticos, cenas de selvageria e crueldade são comuns e largamente compartilhadas, não importando o veículo de mídia que as divulgue, pois é assunto recorrente em sua maioria. Se considerarmos que esta falta de humanidade compromete a civilização, a lei e a ordem, então, nós precisamos reconhecer que já está passando da hora de tentarmos mudar este estado de coisas que, lamentavelmente, em parte, tem relação com os lares e as escolas.

Nos lares já desestruturados ou em processo de perda de referenciais, em que pais são desrespeitados por seus filhos e vice-versa, observamos a ausência ou inversão de valores humanos que tem reflexo em muitas escolas, onde nos deparamos com crianças e jovens sem limites, negligenciados por pais que tentam, a todo custo, transferir suas responsabilidades para os professores. Estes, sobrecarregados e até ameaçados, muitas vezes, sequer conseguem executar a contento o que é próprio de sua função – consequentemente, a escola tende a perder a sua eficácia na formação regular e social dos discentes em questão – e o resultado final está bem diante de nossos olhos.

Mas quais valores humanos são esses que milhares de pessoas das mais recentes gerações têm se omitido de aprender, ensinar ou cultivar em sua formação? Como resposta, podemos elencar dez que consideramos essenciais: amor, fé, alegria, humildade, liberdade, respeito, honestidade, justiça, união e paz.

Contudo, a título de curiosidade, compartilharemos mais alguns:

* Amizade, autoestima, capacidade de perdoar;
* Caráter, compaixão, compreensão, compromisso, cooperação;
* Esperança, ética, fidelidade, fraternidade;
* Humanidade, lealdade, perseverança, religiosidade, responsabilidade;
* Solidariedade e tolerância.


Infelizmente, vivemos em um mundo que supervaloriza o status, sem se preocupar com os meios utilizados para alcançá-lo. Por isso, geralmente, os honestos são rejeitados e os ímprobos aclamados. Não é à toa que uma considerável parcela da sociedade elege pessoas corruptas, venera os que a desconsideram e desvaloriza quem procura educá-la. Entre as muitas providências urgentes a serem tomadas pelos diversos segmentos, destacamos uma essencial: a tentativa de restabelecer o diálogo e o respeito entre os seres humanos; caso contrário, o que podemos esperar de bom no futuro?

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

AS VANTAGENS DO PERDÃO

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AS VANTAGENS DO PERDÃO
Por Josselene Marques

Nesta manhã, na qual me sinto ainda mais espiritualizada, reflito sobre as vantagens do perdão.

Igualmente à verdade, o perdão tem o poder de nos libertar. No entanto, muitas pessoas acham bem mais fácil sofrer, pois para elas é muito difícil perdoar.

O perdão sempre nos torna livres porque limpa a nossa mente dos pensamentos negativos que desencadeiam o desejo de vingança e só prejudicam a saúde – tanto física quanto mental.

De que adianta o prazer momentâneo de uma desforra, se seremos infelizes pelo resto de nossas vidas?

Se nos olharmos no espelho, com os olhos da razão, veremos que somos imperfeitos. Ninguém é infalível. Então, como podemos exigir a perfeição do nosso semelhante?

Se considerarmos que, para sermos bons, precisamos perdoar o próximo, então, se não o conseguimos, logicamente, seremos "maus" – já que não podemos ser bons pela metade. De certa forma, ao sermos intransigentes ou imaturos, nivelamo-nos àqueles que nos ofenderam.

Percebe como é mais vantajoso e inteligente perdoar?

Contudo, há ofensas e ofensas, além de diferentes pensares, e eu respeito o pensamento, a dor e a mágoa dos injuriados.

Portanto, na impossibilidade de perdoar, procure, pelo menos, deixar que se perca da lembrança o mal que lhe foi feito, a fim de que possa alcançar a paz e seguir sempre em frente.

Mais algumas vantagens de se perdoar:

·         Viabiliza a fraternidade e os bons relacionamentos;
·         Livra-nos do pesado fardo do lixo do ressentimento;
·         Demonstra uma atitude de compreensão e alta sabedoria;
·         Tem um poder transformador;
·         Reduz a agitação que gera problemas físicos e psicológicos;
·         Enfim, é uma forma de presentear a nós mesmos.



quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

A ELEGÂNCIA DA GENTILEZA

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A ELEGÂNCIA DA GENTILEZA
Por Josselene Marques

A vida em sociedade nos condiciona a exercer interação. Para tornarmos as relações interpessoais mais agradáveis e salutares, devemos lançar mão de despretensiosos e solidários gestos de gentileza. Deste modo, todos que os praticarem, naturalmente, estarão revelando a nobreza e a elegância de suas almas.

Mesmo vivendo num mundo com escassez de gentileza, no qual imperam o egoísmo, o individualismo, o desrespeito, a competitividade, a hipocrisia, a falta de ética – na busca desenfreada e desleal por status – e a inversão de valores, temos convicção de que podemos transformar esta realidade, em parte, apenas praticando o bem e tudo quanto for lícito ou, simplesmente, seguindo uma regra de ouro: “Não faça aos outros o que você não quer que seja feito a você.”

Assim sendo, podemos afirmar que a elegância da gentileza reside na empatia e na solidariedade, que imprimem um novo modo de ser às disposições de espírito, aos relacionamentos e, consequentemente, à vida.

Pensando bem, ser gentil não exige muito esforço ou tempo. Como afirmou Gandhi, “a gentileza não diminui com o uso. Ela retorna multiplicada”. Então, como levar a gentileza para o cotidiano? Se você pretende praticar a gentileza, um pouco mais, eis algumas dicas:

- Cumprimente as pessoas à sua volta, sempre com um sorriso;
- Use e abuse das palavrinhas ou expressões mágicas: “por favor”, “obrigado”, “com licença”, “desculpe-me”;
- Conforte as pessoas, dando-lhes atenção especial;
- Agrade seus entes queridos deixando/enviando recadinhos delicados e positivos;
- Surpreenda pessoas que moram longe de você, ligando para elas, visitando-as;
- Restabeleça uma amizade antiga;
- Expresse sua gratidão a alguém;
- Seja paciente ao lidar com o outro ou ao ensinar qualquer coisa;
- Respeite as vagas/os lugares reservados aos idosos;
- Desacelere e ofereça ajuda – por exemplo, carregue as compras para um idoso ou o ajude a atravessar a rua;
- Faça um elogio sincero;
- Chame a pessoa pelo nome, tanto ao ser atendido, quanto ao atendê-la;
- Comente apenas sobre assuntos positivos, ao visitar enfermos.


Infelizmente, a gentileza não nasce conosco. Contudo, podemos aprendê-la, se desejarmos. Como afirmou o filósofo alemão Albert Schweitzer – laureado em 1952 com o Prêmio Nobel da Paz: “assim como o sol derrete o gelo, a gentileza evapora mal-entendidos, desconfianças e hostilidade”. Cultivemos a gentileza, pois, e contagiemos o mundo!