Hoje, mais do que nunca, recordei o meu tempo de estudante...
Aos seis anos, ia sozinha para a escola. Aos dez, “protegia” os meus irmãos mais novos ao fazermos o mesmo percurso. Os riscos eram praticamente nulos, embora as recomendações dos nossos pais fossem muitas. Naquele tempo, podíamos andar pelas ruas e estudar, tranquilamente, com a certeza de que jamais alguém nos importunaria ou ameaçaria. Tempo bom. Quanta saudade eu sinto agora.
Neste sete de abril, percebo, claramente, quantas mudanças ocorreram, no modo de vivermos, ao longo desses anos vencidos...
Já não temos segurança ao andar pelas ruas. As escolas, de repente, podem ser alvos de ataques de vândalos ou de chacinas. A que ponto nós chegamos! Como estamos vulneráveis! Não há mais lugar seguro - nem nos lares estamos a salvo! As diversas formas de violência imperam em casa, nas ruas, nas escolas e nos ambientes de trabalho. O egoísmo, a ganância e a hipocrisia se alastram. Alguns corações parecem feitos de pedras. Fraternidade, solidariedade, honestidade e respeito são “artigos de luxo”. Os conceitos de certo e errado são ignorados ou desprezados por um expressivo número de pessoas. A situação é tão absurda e grave que, quando alguém faz a coisa certa, quase sempre, vira manchete nos meios de comunicação e/ou é criticado pela maioria, que o considera tolo. Em consequência, este estado de coisas produz, diariamente, milhares de mentes insanas que ameaçam a vida nesta esfera.
Nesta data, com tristeza, vi o Brasil transformar-se em notícia pelo mundo afora. Não pela arte de seu futebol, grandiosidade de seu Carnaval ou variedade de sua música, mas por uma tragédia, uma violência terrível contra crianças que estavam em salas de aula construindo a base para o seu futuro. É lamentável e inaceitável a forma como esse jovem atirador de Realengo (bairro carioca), emocionalmente desequilibrado, pôs fim a mais de dez vidas e dezenas de sonhos.
Penso comigo: será mesmo o fim dos tempos? Começo a acreditar que sim. Enquanto estava, aqui, refletindo a busca de justificativas para a frequente vitória do mal sobre o bem, de súbito, veio-me à lembrança uma frase do sábio Gilgamesh*: “Não há mais tempo para mesquinhez em um mundo agonizante.” Precisamos direcionar nossas ações de modo a convertê-las em algo positivo e restaurador – por menor que seja e de acordo com as nossas possibilidades. A passividade só aumenta a nossa vulnerabilidade. Que tal, pelo menos, tentarmos transformar esse final dos tempos em um período menos danoso, menos angustiante e, portanto, mais fácil de suportar? Para que esse ideal se concretize, as mudanças devem começar pelo interior de cada um de nós.
* http://tiemposllegados.blogspot.com/
* Gilgamesh é o administrador do recém-criado blog Tiempo Final no qual você vai encontrar informações sobre temas interessantes e surpreendentes relacionados a final dos tempos, revelações, religião, misticismo, esoterismo, ufos, entre outros.
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4 comentários:
Os tempos estão mudados, a violência assume proporções assustadoras e ficamos "paralizadas" diante de cenas como estas. Não sei se é o fim do mundo, mas com certeza é a destruição em grande escala. Abraços. Ângela R Gurgel
Muito obrigado a você, Senhora Joselene.Não se preocupe por favor.A imagem de um país não é importante, o que importa é o ser humano.Fronteiras, as bandeiras, são coisas artificiais criadas pelo homem.O importante é a vida daqueles seres que foram arrancadas.A beleza das tradições de cada país, não são afetados pela loucura e violência, porque o mal habita no mundo inteiro.Você não deve temer, não se preocupe,porque Deus se importa muito antes de nós.Bênçãos para você e para todos os que entram neste blog lindo e maravilhoso.
Gilgamesh.
Um acontecimento bárbaro, desproporcional, fútil e que traz consequências danosas aos valores já combalidos da nossa sociedade. E o que é pior: abre um precedente sem tamanho nesse tipo de ocorrência. Deus queira que eu esteja errado! Oremos para que tudo isso tenha sido um caso isolado.
Abraço,s
Raí
Se é o fim dos tempos não sabemos, mas os tempos mudaram e não sabemos aonde iremos com tanta coisa esquesita ac0ontecendo rezemos á DEUS para que ele tenha misericódia de nós. BOA NOITE JOSSELENE! Amei visitar o seu blogger. com certeza farei sempre uma visitinha, pois gosto muito de coisas boas nevinha.
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