quarta-feira, 24 de julho de 2013

Um jovem de potencial

Da esquerda para a direita: Joilson Filho no dia de sua partida
Para a Itália (Aeroporto Augusto Severo); na Embaixada do Brasil
em Roma; com embaixador do Brasil (José Viegas Filho);
divulgando alguns projetos da UERN; e, as duas últimas,
no laboratório no qual estagia.


Da esquerda para a direita, as duas primeiras, aula de campo;
palestra para crianças, público-alvo de seu projeto; alguns momentos de lazer.




Um jovem de potencial

©Josselene Marques

 

Theodore Roosevelt, certa vez, afirmou que “é muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se à derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota” e, lamentavelmente, desperdiçam sua existência a invejar e criticar os intrépidos que conseguem ir um pouco mais além do comum.

 
Há algumas semanas, quando li esta citação, automaticamente, voltei no tempo – há cerca de ano. Naquele período, eu e minha família nos preparávamos para, mais uma vez, separarmo-nos de nosso amado Joilson Filho, pois ele resolvera realizar o sonho de retornar à Itália. Para concretizá-lo, não mediu esforços, na tentativa de conciliar o estudo regular da graduação com a participação em projetos, uma monitoria de italiano, a prática de esportes, entre outras atividades. Incrivelmente, não perdeu o foco. Sua disposição, determinação e persistência lhe renderam uma bolsa de estudos do Programa "Ciência Sem Fronteiras", na modalidade “Graduação Sanduíche”. Jamais esqueci o brilho de seus olhos quando soube que sua bolsa fora aceita pela instituição do exterior.

 
As reações de familiares, amigos e professores foram diversas: foi apoiado por uns, desencorajado por outros, mas não desistiu. Após cumprir todas as exigências para este intercâmbio, partiu a busca de seus objetivos.
 

Como jamais perdemos o contato, posso testemunhar e comemorar o seu sucesso. Em relação ao cumprimento de suas metas, ele se superou: atingiu a nota máxima em uma das disciplinas, ficou acima da media em outra, foi notícia em jornais nacionais e internacionais, realizou a contento o seu estágio, fez excelentes amizades, renovou outras tantas, aproveitou recessos e finais de semana para conhecer outros lugares e sempre aprender um pouco mais.

 
Em território italiano, obrigado a conviver com a saudade, as diferenças, a rotina, as responsabilidades e as cobranças, tem mantido o equilíbrio e contornado as dificuldades extras de quem vive no estrangeiro. Joilson Filho honrou o compromisso assumido com ambas as universidades, seus professores, o governo brasileiro e consigo mesmo. Aproveitou todas as oportunidades e soube valorizá-las.

 
O dia de seu retorno se aproxima. Dia após dia, ele segue escrevendo a sua história, pintando um belo quadro de sua vida. Estamos contando os dias para podermos matar a saudade dele.

 
Joy, seja bem-vindo ao seu país, à sua cidade e ao seio de sua família que lhe ama e se orgulha de você.

sábado, 13 de julho de 2013

Edy Lemos: nosso grande cantor

Edy lemos em seu show no Teatro Dix-huit Rosado.

Mossoroenses que foram ao prestigiar o seu conterrâneo Edy Lemos.

Como tenho o hábito de consultar a folhinha todas as manhãs, nesta data, descobri que, entre outras coisas, comemora-se o Dia do Cantor. Na verdade, como ainda não foi determinado legalmente, além deste dia, há outro dedicado aos profissionais do canto: 27 de setembro. Não desmerecendo as demais profissões, digamos que é um privilégio merecido.
Quem ama música – como eu – naturalmente também valoriza o profissional que a traz para si de uma forma tão especial e singular.
Particularmente, admiro muitos cantores tanto nacionais quanto internacionais, inclusive alguns que já faziam sucesso antes mesmo de eu nascer, como é o caso de Frank Sinatra, que, com sua excelente dicção, ajudou-me a aperfeiçoar o meu inglês.
Todavia, hoje, a primeira pessoa de quem eu me lembrei para citar como exemplo foi o mossoroense Edy Lemos.
Há cerca de dois meses, eu e alguns familiares, tivemos o privilégio de assistir a um de seus shows, no Teatro Dix-huit Rosado.

Uma pose ao lado deste digno representante do potencial artístico e cultural
de Mossoró-RN-Brasil.
 
Dona Conceição (mãe do artista), eu e ele.

De fato, é um cantor de voz e com presença de palco admiráveis. Confesso que seria capaz de escutá-lo cantar por horas seguidas com imenso prazer.
Na ocasião, a sua linda e potente voz deu vida a um repertório diversificado de sucessos para todos os gostos e idades. Mesmo com os olhos vidrados no palco, cuidei de registrar todos! Duvida? Pois aqui estão eles: “Sufoco”, “Casinha Branca”, “Solidão de Amigos”, Nêga Tony”, “Amigos para sempre”, “Agonia”, “Feitiço de amor cigano”, “Foi Deus”, “Os amantes”, “Hino à Santa Luzia”, “Laurindinha” (e outras canções populares de Portugal), Porto Solidão”, “Sonhos de um palhaço”, “Que será?”, “Retalhos de cetim”, a famosa “Conceição nome de santa”, “Ave Maria brasileira”, “Tango pra Teresa”, fado de Amália Rodrigues, “Só nós dois”, Ai Mouraria, o fado de Lisboa “Cantor Latino”, encerrando com “Não deixe o samba morrer”.
Edy Lemos reúne todos os requisitos que um artista de gabarito precisa possuir. Não foi à toa que sua fama se espalhou pelos cinco continentes. Além de seu indiscutível talento, de sua força de vontade e persistência, mais de duas décadas na Europa contribuíram decisivamente para suas conquistas.
Não resta dúvida de que seus conterrâneos reconhecem seu valor, mas, a meu ver, ele merece mais – muito mais! Ele é grande e deve ser tratado como tal.
De minha parte, aproveitei esta data comemorativa para lhe prestar esta merecida e prometida homenagem. Escrever estas linhas é o mínimo que posso fazer em retribuição pelo bem que me fez relembrar e reviver alguns momentos de minha vida, permitindo-me viajar, tendo como transporte a melodiosa voz deste cantor que tão bem representa o potencial artístico e cultural mossoroense.
Caríssimo Edy Lemos, que Deus te abençoe! Parabéns pelo cantor excepcional que tu és!
 
©Josselene Marques