quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Carta a Josselene

Fátima Lopes - autora desta carta
Foto: Josselene Marques


Esta carta foi publicada no Caderno Escola, do jornal Gazeta do Oeste, edição desta quarta-feira, em agradecimento a uma homenagem feita por mim, no último dia 15 de outubro, a esta professora exemplar, chamada Fátima Lopes.


“Cara amiga Josselene,

Somos desafiados hoje, enquanto professores educadores, a sermos inclusivos. Entristece-me saber e/ou perceber o processo educacional limitado pela prática oriunda do pensamento cultural de outrora. Uma cultura excludente, presa ao fracasso da desumanidade com qual tratavam as pessoas portadoras de deficiências.

No entanto, alivia-me conhecer e pertencer a um grupo de profissionais comprometidos e qualificados para atender sua matéria prima: o aluno.

A interação com o outro resulta na construção do conhecimento. Somos uma escola inclusiva porque trabalhamos de forma interativa, pautada na retroalimentação da resiliência pedagógica.

A Escola Municipal Nono Rosado atende, em média, 12 crianças portadoras de necessidades especiais. O fluxo dessas crianças tem aumentado a cada ano, fato que comprova o reconhecimento e a aprovação do nosso trabalho na comunidade. O nosso compromisso é indiscutível, no que concerne à superação dos desafios, ao mediar, à nossa clientela, uma educação inclusiva e de qualidade.

Agradeço a você, Josselene, companheira nesse processo, enquanto especialista da área, pelo reconhecimento. Afirmo que, somente através da interação entre as pessoas, com ou sem necessidades especiais, é possível a genuína inclusão educacional. Por isso, atribuo à nossa turma, do 1º ano do ciclo da infância, a contribuição para o desenvolvimento psico-sócio-emocional do nosso amado aluno. E nesse espírito de reconhecimento, cito a ação multidisciplinar entre a escola/família e a sala de AEE, que tem sido indispensável à nossa prática pedagógica.

Somos uma escola inclusiva porque caminhamos de mãos dadas, juntos no alçar voo, em busca de uma sociedade mais sensível à causa do seu próximo.

Se conseguimos ser e fazer um 2011 inclusivo, na Escola Municipal Nono Rosado, digamos todos juntos: somos eternos apaixonados por cada criança que chega à nossa querida escola!”

Professora Fátima Lopes.

2 comentários:

A R Gurgel disse...

A inclusão é urgente e necessária. Fiz um curso introdutório de LIBRAS e penso estudar um pouco mais, pois fiquei fascinada com a possibilidade de comunicar-me com os surdos-mudos. Todo processo de inclusão eleva a educação e nos torna mais humanos. Abraços

Anônimo disse...

Acredito que ser professora começa a partir da dedicação de se trabalhar com a inclusão.
Abraço,s
Raí