Ao ler este poema, pus-me a refletir: quantas vezes vemos pessoas tentando moldar outras, impedindo o seu crescimento, anulando a sua individualidade ou criatividade, como se elas não tivessem poder pessoal... Tal qual um bonsai essas pobres vítimas são privadas de serem elas mesmas e seguirem o seu ciclo natural. Policiemo-nos, pois.
Em bandejas
a árvore é servida.
Retirada do mundo
ganha contornos suaves
miúdos.
Pequenina
em sua galhada de adulta
não tem pássaros nem
lamentos de desocupados.
Precisa mão a fez doce escultura
reprodução do que teria sido
solta nas matas, colinas e quintais.
Árvore prisioneira:
o bonsai.
Anchella Monte - é professora e poetisa cearense, residente em Natal/RN.
2 comentários:
Singela. gostei do modo como ela conduziu o seu pensar. E o bonzai e a expressão de uma manipulação impedindo o desenvolvimento natural.
Abraço,s
Raí
Nunca havia pensado o bonsai sob este ângulo. Abraços. Ângela R Gurgel
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