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Nesta primeira segunda-feira do mês corrente, retornei ao trabalho com entusiasmo e minha peculiar disposição. Depois de uma manhã bastante produtiva, no intervalo para o almoço, rumei para o Centro da cidade. Lá chegando, honrei alguns compromissos. Em seguida, consultei o relógio e verifiquei que me restara apenas uma hora para a principal refeição do dia e um banho reparador, pois a agenda da tarde também estava lotada.
Em tempo recorde, consegui passar em casa e me reabastecer. Mesmo motorizada, o tempo reduzido e o Sol causticante me faziam andar em um ritmo acelerado, toda vez que estacionava o automóvel e tinha que fazer algum percurso a pé – nessas ocasiões, a elegância passa longe! Que meu príncipe não me veja!
Foi exatamente em uma dessas caminhadas, quando saía de uma agência, que notei a aproximação de um senhor idoso que me encarou com um olhar de reprovação. Ele andava com o corpo curvado – provavelmente em consequência de algum problema sério em sua coluna vertebral.
Na velocidade em que eu vinha, por pouco não esbarrei nele. Então, com a autoridade e a segurança que sua idade e experiência lhe conferem, ele me falou: “Não tenha pressa! Não precisa correr..."
Surpresa, eu parei, olhei-o com atenção e respeito, mas não respondi com palavras. Contudo, pela minha expressão, ele entendeu que eu havia tomado o seu conselho ou, no mínimo, iria refletir sobre ele. Nos segundos seguintes, sem se despedir, ele continuou a sua caminhada, em seu ritmo desacelerado, sob o Sol, levando consigo a sabedoria adquirida em sua longa existência.
Entrei novamente no carro. Com movimentos exageradamente lentos e um sorriso, dei partida no motor. Com alguns minutos de atraso, mas, agora, com calma, sem pressa, cheguei ao meu próximo destino. O mais interessante é que o “meu tempo” se moldou ao contexto, pois tive até que esperar um pouco para ser atendida – as outras pessoas também, vez por outra e coincidentemente, podem se atrasar, concluí. Assim, sem problemas, realizei o que havia planejado para aquela tarde.
Retornei ao meu lar com uma tremenda sensação de paz – um aprazimento que me fez sentir leve por estar em dia com as minhas responsabilidades.
Ao adotar essa postura, acabei neutralizando o estresse que põe em risco a minha saúde/vida.
Quanto ao meu conselheiro, mesmo sabendo que nossos caminhos eram por direções opostas, lamentei não ter tomado a iniciativa de lhe oferecer, pelo menos, uma carona. Não mais o vi, desde então.
Quanto a mim, desde aquele dia, sempre que, impulsivamente, acelero o meu ritmo, automaticamente, recordo-me do conselho do sábio senhor; então, “engreno uma marcha de tração” e reduzo.
Em tempo recorde, consegui passar em casa e me reabastecer. Mesmo motorizada, o tempo reduzido e o Sol causticante me faziam andar em um ritmo acelerado, toda vez que estacionava o automóvel e tinha que fazer algum percurso a pé – nessas ocasiões, a elegância passa longe! Que meu príncipe não me veja!
Foi exatamente em uma dessas caminhadas, quando saía de uma agência, que notei a aproximação de um senhor idoso que me encarou com um olhar de reprovação. Ele andava com o corpo curvado – provavelmente em consequência de algum problema sério em sua coluna vertebral.
Na velocidade em que eu vinha, por pouco não esbarrei nele. Então, com a autoridade e a segurança que sua idade e experiência lhe conferem, ele me falou: “Não tenha pressa! Não precisa correr..."
Surpresa, eu parei, olhei-o com atenção e respeito, mas não respondi com palavras. Contudo, pela minha expressão, ele entendeu que eu havia tomado o seu conselho ou, no mínimo, iria refletir sobre ele. Nos segundos seguintes, sem se despedir, ele continuou a sua caminhada, em seu ritmo desacelerado, sob o Sol, levando consigo a sabedoria adquirida em sua longa existência.
Entrei novamente no carro. Com movimentos exageradamente lentos e um sorriso, dei partida no motor. Com alguns minutos de atraso, mas, agora, com calma, sem pressa, cheguei ao meu próximo destino. O mais interessante é que o “meu tempo” se moldou ao contexto, pois tive até que esperar um pouco para ser atendida – as outras pessoas também, vez por outra e coincidentemente, podem se atrasar, concluí. Assim, sem problemas, realizei o que havia planejado para aquela tarde.
Retornei ao meu lar com uma tremenda sensação de paz – um aprazimento que me fez sentir leve por estar em dia com as minhas responsabilidades.
Ao adotar essa postura, acabei neutralizando o estresse que põe em risco a minha saúde/vida.
Quanto ao meu conselheiro, mesmo sabendo que nossos caminhos eram por direções opostas, lamentei não ter tomado a iniciativa de lhe oferecer, pelo menos, uma carona. Não mais o vi, desde então.
Quanto a mim, desde aquele dia, sempre que, impulsivamente, acelero o meu ritmo, automaticamente, recordo-me do conselho do sábio senhor; então, “engreno uma marcha de tração” e reduzo.
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Um comentário:
Segundo dizem: porque correr se o futuro é a morte? Verdade, mas essa questão do tempo é algo espantoso, pois, na verdade, ele só existe na concepção humana, criada, pois, por essa raça. Estive estudando o termo tempo. É incrível como somos alheios ao que se passa dentro dele. Mas, essa é outra história. A história aqui é correr contra o tempo para poder dar tempo de fazer as coisas no devido tempo e sem perca de tempo.
Abraço,s
Raí
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