Poema "Namorados" por Josselene Marques
Poesia concreta
(Neste caso, desintegração do sintagma em seus fonemas)
Ainda há pouco, no momento em que procurava uma imagem para ilustrar um poema, deparei-me com a foto de um casal de namorados em uma ponte na qual havia postes repletos de cadeados. Naturalmente, fiquei curiosa para saber sua procedência e seu significado.
Após uma rápida pesquisa, descobri que trata-se da Ponte Mílvia, sobre o Rio Tibre (em italiano: Ponte Molle ou Ponte Milvio, latim: Pons Milvius ou Pons Mulvius), ao norte de Roma, na Itália.
Segundo a Wikipédia, “a ponte foi construída pelo cônsul Caio Cláudio Nero, em 206 a.C., depois que o mesmo derrotou o exército cartaginês na Batalha do Metauro. Em 115 a.C., o cônsul Marco Emílio Escauro demoliu-a e construiu uma nova ponte, feita de pedra, no mesmo lugar. Em 312 d.C., o imperador romano Constantino derrotou seu rival mais poderoso, Magêncio, próximo a esta ponte, na célebre Batalha da Ponte Mílvia.
Durante a Idade Média, a ponte foi renovada por um monge chamado Acúcio, e em 1429 o Papa Martinho V pediu a um famoso arquiteto, Francesco da Genazzano, que consertasse a ponte, à beira do colapso então. Durante os séculos XVIII e XIX, a ponte foi modificada por dois artistas, Giuseppe Valadier e Domenico Pigiani.”
Mas, e os cadeados?
Os cadeados na ponte representam uma das mais recentes tradições dos enamorados. Eles costumam prender um cadeado num dos postes de iluminação central da ponte e lançar sua chave no Tibre.
Acredita-se que a origem do hábito tenha sido a partir de um trecho do romance "Ho voglia di te" (Quero-te) do escritor italiano Frederico Moccia, publicado em 2006, no qual um casal apaixonado escreve seus nomes num cadeado para, em seguida, atá-lo em volta de um dos postes da Ponte Milvio. Feito isto, eles se beijam e jogam a chave nas águas do Tibre, como os imitam os jovens atualmente. Para eles, é uma forma de selar o amor e eternizá-lo.
No final do ano passado, por medida de segurança, as autoridades romanas decretaram a retirada do excesso de cadeados, pois seu peso poderá comprometer a estrutura “Ponte do amor”.
Hoje, Dia Corpus Christi, aproveito este post para desejar um ótimo feriado para você!
2 comentários:
Como se um cadeado prendesse
almas afins,
Como se um beijo selasse
a plena união,
Como se um ato tornasse
a história sem fim,
Como se um pacto tornasse eterna
uma paixão...
Como se não fosse o amor,
por sua própria força
a unir o meu ao seu coração...
Márcia Kaline
Nada prende o amor se não for feito com amor. Amor com ou sem cadeado só é amor quando há dois lados. E que haja confiança nesse amor. Mas, por via das dúvidas, vou comprar um cadeado bem grande, botar o meu nome e o da minha amada e trancá-lo e quando eu puder vou até essa ponte (com ela), beijo-a e jogo a chave no rio. Rsss
Beijos! Boa viagem!
Raí
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