Dia das Crianças

Ser criança, hoje em dia, é bem diferente do que era sê-lo há algumas décadas.

Na minha infância, por exemplo, a agenda resumia-se a satisfazer algumas necessidades básicas tais como: fazer a higiene, vestir-me, alimentar-me, ir à escola (fazer as lições de casa) e brincar – brincar muito! Tinha bastante tempo livre. Não sabia o que era estresse. Na verdade, não me recordo de haver escutado alguém pronunciar essa palavra naquela época.

Nestes dias de modernidade, em diversos núcleos, em se tratando de relacionamento familiar, observo a falta de uma coisa que era praxe nos lares do período em que vivi, naturalmente, a minha meninice: os pais evitavam que presenciássemos suas discussões (eles tinham horário e lugar reservados para conversarem e apararem as respectivas arestas), poupando-nos de ansiedade ou aflições intensas e desnecessárias. Atualmente, vejo muitas crianças vestidas de adultos, envolvendo-se ou sendo envolvidas nas altercações das pessoas que lhe deram ser. Elas sempre estão com a agenda lotada, sem tempo para desfrutarem a sua tenra idade – pulam etapas, amadurecem precocemente, sendo privadas de um horário livre para conhecerem e viverem as coisas simples e serem, de fato, crianças felizes.

Nesta data, peço aos pais dessas crianças, em especial, que reflitam um pouco e deixem seus filhos viverem os dias de criança.

Feliz Dia das Crianças para os meus sobrinhos, alunos e todas as demais. Que vocês possam ser sempre um motivo de alegria para todos nós.

Na qualidade de pais, professores e cuidadores façamos, pois, a nossa parte: eduquemos, protejamos e, principalmente, amemos as nossas crianças. 

© Josselene Marques

Fonte desta imagem: http://boasnoticias.pt/noticias_Dia-da-Crian%C3%A7a-%5Broteiro%5D_1522.html