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Neste último final de semana, em Mossoró, tivemos a nossa primeira chuva de 2012. Ela veio, de forma inesperada, no início da noite e me fez recordar um poema que escrevi, justamente, inspirada na noite chuvosa do dia 15.11.2009. Nessa mesma data, o referido poema foi publicado no meu blog literário – Revelação. Agora, neste espaço, eu o compartilho mais uma vez.
Lágrimas de Deus
Noite alta e fria...
Da minha janela, espero o sono,
Que ainda não chegou,
E tento enxergar a luz da lua.
No entanto, pingos de chuva
Turvam minha visão.
Com esforço, vislumbro
Um facho de luz no céu.
Uma mariposa detém-se na vidraça.
Sua fragilidade me faz lembrar
Das pobres criaturas
Que não possuem um abrigo.
Fico triste. Sinto-me impotente
Diante das injustiças deste mundo.
Reflito e chego a uma conclusão:
O que vejo não é apenas chuva,
Mas lágrimas de Deus,
Que sofre por seus filhos.
Copyright © 2009 – 2012 Josselene Marques
Um comentário:
Eu corri, fechei todas as janelas. Do alto o barulho dos pingos batendo nas telhas. No piso em que me encontrava, o cheiro forte do barro sendo molhado, que entrou pela área de sol. De repente, o ambiente esfriou. No beco e no muro, o cair da água em corrida pelas telhas já molhadas, dava a dimensão do volume das lágrimas de Deus. E não vieram sozinhas. Na escuridão da noite, o clarão, vez por outra, mostrava que Deus também gritava de sofrimento.
Um beijo!
Raí
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