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No último domingo de outubro, lendo a coluna Circulando em Off de Gilberto de Sousa, no jornal Gazeta do Oeste, deparei-me com esta citação de Platão: “Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida”. Sua mensagem me tocou, profundamente, e comecei a refletir sobre o valimento que damos a tudo que temos. Nesse momento, veio-me à mente, também, o dito popular: “Só damos valor quando perdemos”. Realmente, no dia-a-dia estressante em que vivemos mal nos damos conta do que e de quem nos cerca e, conseqüentemente, não lhes dispensamos a importância devida. O nosso modo de pensar e de agir e as escolhas que fazemos, durante a vida inteira, determinam perdas e ganhos responsáveis pela alternância de momentos de turbulência e paz em nosso viver. Precisamos, por conseguinte, encontrar um meio de sermos menos céleres e tomarmos consciência do que é, realmente, relevante em nossas vidas antes que, por negligência ou falta de deferência, ponhamos em risco ou percamos, definitivamente, o que temos de mais valioso. Um dos maiores pecados que cometemos é não valorizarmos, a contento, as pessoas do nosso convívio mais íntimo. Em sociedade, somos solícitos, pacientes e presentes. Já em nosso mundo particular somos, algumas vezes, relapsos, impacientes e ausentes. Inúmeras vezes, dependendo das circunstâncias e/ou do nível de estresse, sequer cumprimentamos nossos familiares e, quando somos “cobrados”, alegamos falta de tempo. Isto acontece pelo fato de eles estarem ali sempre à vista. É como se fizessem parte da mobília, não tivessem sentimentos e fossem eternos. O que não percebemos é que estas pessoas fazem parte da nossa base, constituem o nosso porto seguro. Sem elas não teríamos condições de enfrentar, com equilíbrio, os territórios e os desafios fora dos nossos domínios. Tardiamente, muitos reconhecem, após perdê-los, o valor dos pais, dos irmãos, dos avós experientes e dos cônjuges. A partir daí, passam o resto de suas vidas a lamentar a sua insensibilidade ou falta de tino.
Portanto, para evitar perdas e remorsos futuros, procuremos adotar um novo jeito de viver e conviver, principalmente, com aqueles que são mais dignos de nosso apreço e amor.
Portanto, para evitar perdas e remorsos futuros, procuremos adotar um novo jeito de viver e conviver, principalmente, com aqueles que são mais dignos de nosso apreço e amor.
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