Fotos e montagem: Josselene Marques
Conforme o planejado, estávamos, eu e o aluno Samuel, trabalhando, simultaneamente, as cores e o manuseio do mouse no computador. Nessa ocasião, inesperadamente, chega o aluno Felipe, com trinta minutos de antecipação ao seu horário de atendimento habitual. Então, tive que improvisar, pois não podia deixá-lo ocioso, esperando. Aproveitei a oportunidade para entrosar os dois. Sugeri que Felipe (aluno com surdez) assumisse o papel de monitor e fizesse a “avaliação” do colega Samuel (aluno com deficiência intelectual). Entreguei-lhe alguns lápis coloridos e pedi que o mesmo perguntasse os nomes das cores a Samuel. Felipe, orientando-se pela tela do PC e obedecendo à sequência de cores da imagem, apresentava um lápis de cada vez e perguntava, através de gestos, os nomes das cores ao “seu aluno”. Este respondia, prontamente, na medida em que os lápis lhe eram apresentados. A comunicação entre eles fluiu de maneira impressionante. O monitor Felipe, visivelmente satisfeito com a sua “nova função”, para minha surpresa, comportou-se como tal e vibrava a cada acerto - como eu costumo fazer com todos eles.
Pessoal, foi lindo e emocionante!
Esta “simples” experiência nos faz ver que quase tudo é possível, desde que queiramos, nos empenhemos e não desistamos diante de obstáculos, imprevistos e limitações.
O mundo pode ser melhor – não tenho dúvida!
© Todos os Direitos Reservados
Você consegue imaginar uma criança com surdez “avaliando” outra com paralisia cerebral?
Pois fique sabendo que isto é possível e aconteceu na Escola Municipal Senador Duarte Filho, na nossa sala multifuncional, onde eu e a professora Jaciara Gomes realizamos o AEE (Atendimento Educacional Especializado) aos alunos com deficiência da rede municipal de ensino.
Conforme o planejado, estávamos, eu e o aluno Samuel, trabalhando, simultaneamente, as cores e o manuseio do mouse no computador. Nessa ocasião, inesperadamente, chega o aluno Felipe, com trinta minutos de antecipação ao seu horário de atendimento habitual. Então, tive que improvisar, pois não podia deixá-lo ocioso, esperando. Aproveitei a oportunidade para entrosar os dois. Sugeri que Felipe (aluno com surdez) assumisse o papel de monitor e fizesse a “avaliação” do colega Samuel (aluno com deficiência intelectual). Entreguei-lhe alguns lápis coloridos e pedi que o mesmo perguntasse os nomes das cores a Samuel. Felipe, orientando-se pela tela do PC e obedecendo à sequência de cores da imagem, apresentava um lápis de cada vez e perguntava, através de gestos, os nomes das cores ao “seu aluno”. Este respondia, prontamente, na medida em que os lápis lhe eram apresentados. A comunicação entre eles fluiu de maneira impressionante. O monitor Felipe, visivelmente satisfeito com a sua “nova função”, para minha surpresa, comportou-se como tal e vibrava a cada acerto - como eu costumo fazer com todos eles.
Em síntese, ambos apreciaram a “brincadeira” e avalio que os objetivos da aula foram alcançados, superados e o conhecimento foi construído de uma maneira prazerosa para os dois e gratificante para mim.
Pessoal, foi lindo e emocionante!
Esta “simples” experiência nos faz ver que quase tudo é possível, desde que queiramos, nos empenhemos e não desistamos diante de obstáculos, imprevistos e limitações.
Como sabemos, não há fórmulas prontas para educar na diversidade, mas compromisso, sensibilidade e, sobretudo, amor são essenciais neste trabalho enriquecedor.
O mundo pode ser melhor – não tenho dúvida!
Obs.: Tenho autorização dos pais desses alunos para publicar as fotos e os nomes dos mesmos.
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LEIA TAMBÉM EM http://duartefilho1974.blogspot.com/ , O POST "EXPERIÊNCIA INESQUECÍVEL" DA PROFª JACIARA GOMES.
10 comentários:
Josselene:
Estou muito sensibilizada com tudo que li aqui e desejo que vocês continuem com este trabalho maravilhoso. Vocês estão fazendo a diferença.
Parabéns!
Socorro Rebouças
Olá Josselene, sou sua colega do curso de formação continuada, Vanusa, e posso perfeitamente imaginar a magia desse momento vivido por vc e seus alunos, pois já tive experiências parecidas em salas regulares. É gratificante! Vá em frente colega, esses momentos são impagáveis. Tudo de bom para vc e as crianças. Bjs.
Jossi, como siempre no puedo màs que sentirme orgulloso de tu amistad, por tu esfuerzo por cambiar las cosas que deben ser cambiadas, por tu dedicaciòn a quines necesitan tanto apoyo.Felicitaciones amiga.Fuerte abrazo.
Jossele, querida!
Menina, eu quase choro com o que aqui narras. Que trabalho fabuloso realizas. E que troca mais linda entre os dois meninos. Olhe os sorrisos!!! Com certeza, o mundo pode ser melhor. Amiga, fui professora quando vivia no Brasil e amava meu trabalho. Pude sentir contigo este momento, de forma muito real.
Beijo no coração
Selene, maravilha vê-la tão feliz e claro fazendo MUITOS a superar obstáculos...a diferença pode ser feita...parabéns! Gérria
Acho lindo seu jeito amável!!
Você é super especial!!
Que o Senhor Jesus lhe abençoe sempre!!
Beijos e ótimo domingo
Josselene,
experiências assim ´só tendem a encontrar alternativas de melhoras para a Educação Especial. Ainda bem que você registrou. Desenvolva mais. Aperfeiçoe. Você encontrou o cmainho. Siga-o!
Abraço,s
Raí
Selene tenho enorme respeito por quem trabalha com pessoas especiais. Eu não tenho estrutura para tal. Parabéns por este trabalho maravilhoso que você faz e que precisa multiplicar-se. Abraços. Boa Noite!
Josselene,
Posso imaginar o tamanho da sua emoção, ao vivenciar momentos tão lindos. Também trabalho com crianças portadoras de necessidades especiais(deficiências multiplas),onde todos eles são surdos.Vivo uma emoçaõ a cada dia, quando vejo-os progredirem dentro das suas especificidades, um pouquinho que seja, para nós é uma grande vitória.Sei o quanto é gratificante para nós que trabalhamos com NEE.
Parabéns pelo seu trabalho!!!!
Adorei a experiência! Particularmente tudo que está relacionado com a pessoa surda me emociona. Todos nós podemos alcançar lugares distantes, objetivos aparentemente impossíveis, ir bem longe... Aliás, ... "Longe é um lugar que não existe".
tiaSandra
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