Imagem: WEB
O sol se rende lentamente. Seus últimos raios tocam minha pele como uma carícia suave. Isolada em meu refúgio, desfruto do entardecer com um sorriso de inexplicável alegria. Estou feliz. Minha intuição me faz sentir assim. Contemplo o mar calmo e as nuvens imaculadamente brancas. Ocupo-me em tentar decifrar suas mensagens enquanto presencio o seu desaparecimento na escuridão. Depois de alguns minutos, a contragosto, recolho-me. Devidamente instalada, retorno à minha pátria interior. Inevitavelmente, a lembrança de um ser amado invade a mente e busco, no silêncio, o eco de sua inconfundível voz. A imaginação vagueia, sem referências, no mundo dos sonhos. Permaneço nesta dimensão até ser despertada por um agradável aroma que paira no ar. Corro até a janela. Ouço o som de passos e vislumbro um vulto que se aproxima rapidamente. Meu coração dispara. Abro a porta. Posso sentir a energia que emana desse corpo. Encaramo-nos. Reconhecemo-nos. Sem circunspeção, deixo-me seduzir pelo seu olhar, que fala o que eu esperava ouvir. Enfim, o destino nos coloca frente a frente. Fascinada, avanço em direção ao seu sorriso e, sem vacilar, beijo os lábios da realidade.
Copyright © 2010 – Josselene Marques
© Todos os Direitos Reservados
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3 comentários:
Poetess
You are very pretty and write wonderful things.
I'm delighted.
May God bless you always.
Sorry my English.
Petroski
Gdansk, Poland
Uma bela reflexão, Josselene. Aqui a contista se insere na prosa poética e declama, entre frases, as suas fantasias de mulher. Parabéns!
Abraço,s
Raí
Petroski:
What a nice surprise! I'm happy with your visit. You're very kind.
Welcome!
Thanks and an embrace.
Raí:
Obrigada pela visita e pelo incentivo, mestre.
Seja sempre bem-vindo.
Ótimo domingo.
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