Imagem: WEB
Li Bazarian na primeira semana do meu curso de graduação. Hoje, depois de vários anos, algo me fez relembrá-lo e me pus a refletir... Gostaria que o (a) caro (a) leitor (a) me acompanhasse nesta reflexão.
Durante as discussões, em sala de aula, naquele período, descobri que a verdade é relativa, isto é, o que pode ser verdade para mim, pode não ser para você.
Mas como isto é possível?
Isto acontece porque o que consideramos verdade vai depender, primeiramente, do nosso ponto de vista, depois, da nossa vontade e, por último, do que é conveniente para nós. Em outras palavras, só acreditamos no que queremos acreditar, bem como só vemos o que queremos ver. E assim a humanidade vai caminhando e se iludindo...
Afinal, o que é, de fato, verdadeiro neste mundo?
Creio que, para início de conversa, precisamos saber o significado do vocábulo verdade. Segundo o conceituado dicionário Aurélio – um de meus amigos mais verdadeiros –, verdade é tudo que está em conformidade com o real. É exatidão, franqueza, sinceridade; coisa verdadeira ou certa; a representação fiel de alguma coisa da natureza e, inclusive, caráter.
Se tomarmos como base as diferentes acepções acima, suspeitaremos que a verdade, infelizmente, esteja em extinção. Devido às releituras e aos interesses particulares ou escusos, quase tudo é alterado, perdendo, consequentemente, a exatidão e a fidelidade. Cito como exemplo, a própria história das civilizações, que está repleta de inverdades e deturpações. No convívio social – e até no familiar – nem sempre podemos dizer a verdade para não magoarmos, afrontarmos ou sermos alvos de represálias. Neste caso, onde ficam a franqueza e a sinceridade nas relações pessoais?
Como podemos observar, há sempre uma razão – aceitável ou não – para assumirmos posturas ou optarmos por procedimentos que não privilegiam a verdade. Mas quando o problema da verdade está diretamente relacionado ao caráter é preocupante. Há um grande número de pessoas que faltam com a verdade por hábito, por prazer e por muitos outros motivos que a psicologia pode explicar. Elas estão tão acostumadas, a assim proceder, que mentem de forma deslavada, muitas vezes, subestimando a inteligência das pessoas de seu convívio. Aqui, realmente, temos um problema verdadeiro e que carece de solução.
Deixarei a inferência por sua conta e discernimento, mas vou dar a deixa: se as pessoas fazem o mundo e, em sua maioria e por diferentes motivos, deixam de ser verdadeiras, estaremos todos condenados a viver em um mundo irreal, de fantasias – para não dizer de mentiras! E, por fim, o que podemos fazer para a verdade ser prioridade em nossas vidas?
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Segundo Bazarian[1], os critérios para decidirmos se algo é verdadeiro originam-se da autoridade, da evidência, da ausência de contradição, da prova e da utilidade. Há muitos outros conceitos filosóficos e não pretendo enveredar por eles, pois quero escrever um texto breve, leve e simples, porém, reflexivo. Todavia, não posso deixar de mencionar mais um critério, considerado pelos filósofos como o único, para se reconhecer a verdade: a sua verificabilidade. No positivismo lógico, ela é a principal característica das teorias científicas. É através dela que podemos comprovar, empiricamente, a exatidão das proposições.
Li Bazarian na primeira semana do meu curso de graduação. Hoje, depois de vários anos, algo me fez relembrá-lo e me pus a refletir... Gostaria que o (a) caro (a) leitor (a) me acompanhasse nesta reflexão.
Durante as discussões, em sala de aula, naquele período, descobri que a verdade é relativa, isto é, o que pode ser verdade para mim, pode não ser para você.
Mas como isto é possível?
Isto acontece porque o que consideramos verdade vai depender, primeiramente, do nosso ponto de vista, depois, da nossa vontade e, por último, do que é conveniente para nós. Em outras palavras, só acreditamos no que queremos acreditar, bem como só vemos o que queremos ver. E assim a humanidade vai caminhando e se iludindo...
Afinal, o que é, de fato, verdadeiro neste mundo?
Creio que, para início de conversa, precisamos saber o significado do vocábulo verdade. Segundo o conceituado dicionário Aurélio – um de meus amigos mais verdadeiros –, verdade é tudo que está em conformidade com o real. É exatidão, franqueza, sinceridade; coisa verdadeira ou certa; a representação fiel de alguma coisa da natureza e, inclusive, caráter.
Se tomarmos como base as diferentes acepções acima, suspeitaremos que a verdade, infelizmente, esteja em extinção. Devido às releituras e aos interesses particulares ou escusos, quase tudo é alterado, perdendo, consequentemente, a exatidão e a fidelidade. Cito como exemplo, a própria história das civilizações, que está repleta de inverdades e deturpações. No convívio social – e até no familiar – nem sempre podemos dizer a verdade para não magoarmos, afrontarmos ou sermos alvos de represálias. Neste caso, onde ficam a franqueza e a sinceridade nas relações pessoais?
Como podemos observar, há sempre uma razão – aceitável ou não – para assumirmos posturas ou optarmos por procedimentos que não privilegiam a verdade. Mas quando o problema da verdade está diretamente relacionado ao caráter é preocupante. Há um grande número de pessoas que faltam com a verdade por hábito, por prazer e por muitos outros motivos que a psicologia pode explicar. Elas estão tão acostumadas, a assim proceder, que mentem de forma deslavada, muitas vezes, subestimando a inteligência das pessoas de seu convívio. Aqui, realmente, temos um problema verdadeiro e que carece de solução.
Deixarei a inferência por sua conta e discernimento, mas vou dar a deixa: se as pessoas fazem o mundo e, em sua maioria e por diferentes motivos, deixam de ser verdadeiras, estaremos todos condenados a viver em um mundo irreal, de fantasias – para não dizer de mentiras! E, por fim, o que podemos fazer para a verdade ser prioridade em nossas vidas?
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