Imagem: WEB
Em flashback, recordo a minha infância, na companhia dos meus irmãos. Todos os dias costumávamos ocupar o nosso tempo livre correndo, saltando, subindo em árvores, brincando de casinha, encenando peças teatrais, de nossa autoria, entre tantas outras brincadeiras próprias desse período do desenvolvimento humano. Que tempo maravilhoso! Quanta saudade! Tudo era tão singelo! As nossas aspirações não eram nada ambiciosas. Amávamos e valorizávamos o que tínhamos – assim fomos ensinados por nossos pais e nossa avó materna.
Por que o mundo mudou tanto? Por que, atualmente, ele é tão exigente e ganancioso? Penso que a origem da miséria, das injustiças e das desigualdades está no seu egoísmo e na sua ambição. Por que ele não enxerga a beleza das coisas pequenas e simples? Por que não se contenta nunca? Por que teimar em ser infeliz, enquanto se ilude, buscando no consumismo e nas futilidades uma felicidade que está em seu interior?
Estou quase chegando ao fim desta viagem, sempre reflexionando e tentando entender o porquê de certas atitudes e incoerências humanas. Estou consciente de que, por enquanto, não conseguirei responder a todas as perguntas que me faço, mas de uma coisa eu tenho certeza: o mundo, apesar de todas as adversidades, pode ser feliz e não sabe. Pobre mundo!
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Nestas primeiras horas da manhã, de um veículo em movimento, tenho uma visão privilegiada do percurso que me levará ao meu destino. À minha frente, um céu azul decorado de nuvens brancas e esparsas. Um pouco mais abaixo, do meu campo de visão, algumas elevações de terra vestidas de verde. Nas laterais, dois tapetes - de várias texturas e tonalidades esverdeadas ornados com flores brancas, vermelhas, lilases e amarelas - divididos por caminhos de terra ou de água. Respiro o ar puro que invade as minhas narinas e me deleito com o aroma que vem do campo. O som do carro está ligado. Escuto hinos religiosos que me falam do poder e da misericórdia de Deus - sempre pronto para nos abençoar, proteger e ajudar. Uma sensação de paz se faz presente. Todo o meu ser emana tranquilidade e alegria. Considero-me abençoada por fazer parte deste cenário paradisíaco. Logo adiante, vejo um riacho. Impulsivamente, desejo mergulhar em suas águas límpidas e penso comigo mesma: este ainda não foi poluído pela inconsequência humana. Resisto e sigo em frente. O sol, agora, está forte. Sua energia em meu rosto é minimizada pela brisa suave que deixa em desalinho os meus cabelos. A seguir, vejo crianças brincando despreocupadas, alegres e inocentes na área externa de suas humildes casas à beira da estrada.
Em flashback, recordo a minha infância, na companhia dos meus irmãos. Todos os dias costumávamos ocupar o nosso tempo livre correndo, saltando, subindo em árvores, brincando de casinha, encenando peças teatrais, de nossa autoria, entre tantas outras brincadeiras próprias desse período do desenvolvimento humano. Que tempo maravilhoso! Quanta saudade! Tudo era tão singelo! As nossas aspirações não eram nada ambiciosas. Amávamos e valorizávamos o que tínhamos – assim fomos ensinados por nossos pais e nossa avó materna.
Por que o mundo mudou tanto? Por que, atualmente, ele é tão exigente e ganancioso? Penso que a origem da miséria, das injustiças e das desigualdades está no seu egoísmo e na sua ambição. Por que ele não enxerga a beleza das coisas pequenas e simples? Por que não se contenta nunca? Por que teimar em ser infeliz, enquanto se ilude, buscando no consumismo e nas futilidades uma felicidade que está em seu interior?
Estou quase chegando ao fim desta viagem, sempre reflexionando e tentando entender o porquê de certas atitudes e incoerências humanas. Estou consciente de que, por enquanto, não conseguirei responder a todas as perguntas que me faço, mas de uma coisa eu tenho certeza: o mundo, apesar de todas as adversidades, pode ser feliz e não sabe. Pobre mundo!
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3 comentários:
Jossi, que magnìfica reflexiòn, cuànto que coincido con vos, en todo.Es gratificante leer a alguien que enfrente asì de una forma tan popular lo que nos pasa.Se dicen tantas cosas, se escriben tantas tonterìas y leerte siempre es un tesoro.Felicitaciones amiga.
Un abrazo
Adoro divagações poéticas! Descrever sendo íntima com a paisagem, ornamentando o caminho, é uma arte. Você a faz muito bem. Parabéns. Senti-me no meio desse caminho, entre verdes de duas cores e estradas entre terra e água. Pobre mundo, mesmo. Tem tudo que é preciso para ser feliz e não é. Abraço,s
Raí
Beto:
Què amable!
Me hace mucho bien saber que algo positivo se puede rescatar de mi blog.Es un placer recibir tus palabras.
Muchas gracias por tu visita siempre bienvenida.
Abrazo fraterno.
Professor:
É um prazer e uma honra receber sua visita. Obrigada por valorizar o que escrevo.
Seja sempre bem-vindo.
Cordial abraço.
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