descobrir como cada um deles aprende.
Foto: Luciane Pavini
É com otimismo que observamos
o avanço do processo de inclusão escolar nesta última década. Vários fatores
têm contribuído para que mudanças venham ocorrendo no sistema educacional e,
mais especificamente, em algumas escolas. Dentre eles, destacamos o apoio da
mídia, a criação de leis, assinatura de decretos, cursos para formação de
professores, custeio de equipamentos e materiais pedagógicos adaptados,
construção de salas multifuncionais para o atendimento educacional
especializado, enfim, uma gama de recursos investidos na educação para melhoria
da qualidade de vida das pessoas com deficiência.
No entanto, para fazermos
cumprir as leis, deparamo-nos, até o presente, com inúmeros desafios e
obstáculos que vão desde a resistência por parte de alguns profissionais de
diferentes áreas, da maioria dos pais até os entraves relacionados à
acessibilidade, em todos os níveis, e às parcerias com alguns profissionais de
áreas afins – que, por desconhecerem a seriedade do trabalho especializado da
área educacional, acabam dificultando ou comprometendo, embora não
deliberadamente, o processo de inclusão.
Com relação ao grande número
de professores, ainda sem a formação inclusiva, observamos, de sua parte, a
angústia, a ansiedade, o medo e muitas dúvidas. Realmente, é natural que se
comportem assim diante de desafios dessa monta. Contudo, não precisam
permanecer neste estágio. Eles têm que sobrelevar, buscar caminhos e não
fórmulas, receitas prontas ou manuais – até porque eles não existem.
A diversidade é tão grande
que, somente conhecendo cada caso, teremos condições de descobrir como essa
pessoa com deficiência aprende, do ela que necessita, quais as competências que
ela traz consigo e – ninguém se iluda! – não será nenhum curso que irá lhe dar
essas respostas. É lógico que eles ajudam, facilitam, esclarecem, mas somente o
convívio, a troca, a tentativa de comunicação é que nos darão o norte para
explorarmos suas inteligências múltiplas e lhes oferecermos condições adequadas
para aprenderem e, desta forma, garantirmos o cumprimento do seu direito à educação
e ao pleno exercício de sua cidadania.
Foto: Luciane Pavini
Se não tivermos a
sensibilidade de admitirmos que pessoas com deficiência precisam ser abrangidas
e não lhes dermos a atenção e o apoio necessários, elas apenas estarão
inseridas, e não incluídas em sala de aula, ocupando carteiras e papéis de
importância secundária – o que poderá provocar reações diferenciadas: alguns
permanecem passivos, outros demonstram sua insatisfação através de atitudes
agressivas como forma de chamar a atenção para si.
Portanto, para que tenhamos
condições de atendê-los, de forma criativa e eficiente, são necessárias muitas
trocas de experiências entre as pessoas comprometidas com a inclusão e a
constante busca de parcerias com a família e com os profissionais de outras
áreas. Elas são relevantes e nos darão tranquilidade para educarmos na
diversidade, observando a ética e jamais permitindo que os alunos com
deficiência sejam meros figurantes do ensino regular.
Copyright © 2009 – Josselene Marques
© Todos os Direitos Reservados
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3 comentários:
"...garantir..." Quanto tempo não leio ou ouço sobre esta palavra. Parabéns pela postagem. Bjks,
Gracias a Dios existen educadores como vos Jossi que se preocupan por hacer la vida de las personas con capacidades diferentes, un tanto mejor.Amiga, te estàs ganando el cielo y tus alumnos te deben querer como a un cielo.Bendiciones amiga.
Sulla:
Você tem razão. Atualmente, é muito difícil termos a garantia de qualquer coisa - a começar pela dos nossos direitos de cidadãos.
Abraço e volte sempre.
Beto:
Gracias a vos por tu amistad, tu visita tan gentil y por siempre dejares tus comentarios en mi blog.
Un abrazo de tu amiga brasileña.
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