Imagem: WEB
Hoje, ao ver o resumo dos acontecimentos da semana, no noticiário da TV, o meu primeiro sentimento foi de indignação e a ele seguiram-se os de repúdio, revolta e impotência diante de cenas de selvageria, promovidas por um grupo de alunos veteranos de uma universidade paulista, contra os seus futuros colegas – chamados calouros.
Como é do meu feitio, reagi e resolvi fazer algo que está ao meu alcance: refletir, escrever e induzir o (a) leitor (a) a reflexionar comigo. Peço-lhe, por favor, que acompanhe o meu raciocínio...
Estamos em pleno século XXI, em um mundo globalizado, e é inconcebível que jovens de ensino superior comportem-se como os homens da Idade da Pedra – sem querer ofender esse povo primitivo! E o pior é que o trote violento não se limita à “recepção de boas-vindas”. Há várias denúncias de que essa barbárie se estende às residências universitárias ou repúblicas e, apesar de ser do conhecimento das autoridades, na maioria dos casos, não há vigilância, refreadouro ou punição.
Não entendo como é possível os dirigentes de universidades fazerem vista grossa às verdadeiras sessões de tortura - tanto física quanto psicológica -, humilhações, enfim, uma infinidade de formas de violência às quais alguns veteranos submetem os novos alunos.
Quanta incoerência! Como pode uma instituição, cujo principal objetivo é formar cidadãos íntegros que respeitem e façam valer os direitos humanos, permitir que esses crimes sejam cometidos e, ainda por cima, chamá-los, hipocritamente, de tradição ou brincadeiras? Quantos mais precisam morrer – como Edison Tsung Chi Hsueh – para que sejam tomadas, por quem de direito, medidas enérgicas para combater tais desmandos?
O que se pode esperar de futuros profissionais que não têm respeito pela integridade de seu semelhante?
Para ilustrar esta reflexão, poderia enumerar ou descrever, com riqueza de detalhes, um bom número de exemplos das atrocidades praticadas, mas vou poupá-lo (a), caro (a) leitor (a), por ser chocante e deprimente para qualquer ser humano normal.
Os pais e os mestres dessas pessoas mal-educadas, desumanas e inconsequentes deveriam dar a elas uma atenção e um tratamento especiais com o objetivo de estimulá-las a usar sua criatividade e energia para programar e realizar “trotes do bem” com ações conscientes e produtivas tais como as que acabaram de me vir à mente. Veja:
Por que as universidades não promovem reuniões com seus alunos e professores para ouvir e escolher as melhores propostas para receber os recém-aprovados e assim ter um planejamento e um controle do que será feito?
Por que não substituem o trote violento pelo trote solidário, no qual calouros e veteranos possam competir, pacificamente, para ver quem mais arrecada alimentos e/ou livros e, no final, as universidades distribuiriam prêmios, entre os vencedores, em recompensa pelo seu empenho?
Por que não diligenciar para que se realize um show musical, com os veteranos-artistas ou a contratação de uma banda da preferência da maioria, e recepcionar a todos os novatos com alegria e bons modos para assim fazerem jus à graduação em que se encontram?
Certamente, várias mentes, pensando juntas, teriam idéias bem melhores e mais criativas que estas. Então, por que não fazê-lo?
Felizmente, alguns setores da sociedade estão se mobilizando para coibir os trotes violentos. Em muitas cidades brasileiras, o Ministério Público já começou a agir: foram abertas sindicâncias entre outras medidas. Todavia, ainda é pouco. O corpo social precisa colaborar - orientando os seus filhos - para evitar que eles adotem esse tipo de comportamento desprezível. Todos nós, responsáveis por essa juventude, não devemos nos omitir. Precisamos cobrar dos governantes uma solução – leis mais específicas ajudariam – e a garantia de que esses indivíduos covardes não ficarão impunes e receberão o castigo merecido. Somente desta forma, a alegria de um calouro, pelo seu ingresso em um curso superior, não se converterá em decepção, medo, terror ou morte.
Copyright © 2009 – Meu Horizonte
© Todos os Direitos Reservados
Como é do meu feitio, reagi e resolvi fazer algo que está ao meu alcance: refletir, escrever e induzir o (a) leitor (a) a reflexionar comigo. Peço-lhe, por favor, que acompanhe o meu raciocínio...
Estamos em pleno século XXI, em um mundo globalizado, e é inconcebível que jovens de ensino superior comportem-se como os homens da Idade da Pedra – sem querer ofender esse povo primitivo! E o pior é que o trote violento não se limita à “recepção de boas-vindas”. Há várias denúncias de que essa barbárie se estende às residências universitárias ou repúblicas e, apesar de ser do conhecimento das autoridades, na maioria dos casos, não há vigilância, refreadouro ou punição.
Não entendo como é possível os dirigentes de universidades fazerem vista grossa às verdadeiras sessões de tortura - tanto física quanto psicológica -, humilhações, enfim, uma infinidade de formas de violência às quais alguns veteranos submetem os novos alunos.
Quanta incoerência! Como pode uma instituição, cujo principal objetivo é formar cidadãos íntegros que respeitem e façam valer os direitos humanos, permitir que esses crimes sejam cometidos e, ainda por cima, chamá-los, hipocritamente, de tradição ou brincadeiras? Quantos mais precisam morrer – como Edison Tsung Chi Hsueh – para que sejam tomadas, por quem de direito, medidas enérgicas para combater tais desmandos?
O que se pode esperar de futuros profissionais que não têm respeito pela integridade de seu semelhante?
Para ilustrar esta reflexão, poderia enumerar ou descrever, com riqueza de detalhes, um bom número de exemplos das atrocidades praticadas, mas vou poupá-lo (a), caro (a) leitor (a), por ser chocante e deprimente para qualquer ser humano normal.
Os pais e os mestres dessas pessoas mal-educadas, desumanas e inconsequentes deveriam dar a elas uma atenção e um tratamento especiais com o objetivo de estimulá-las a usar sua criatividade e energia para programar e realizar “trotes do bem” com ações conscientes e produtivas tais como as que acabaram de me vir à mente. Veja:
Por que as universidades não promovem reuniões com seus alunos e professores para ouvir e escolher as melhores propostas para receber os recém-aprovados e assim ter um planejamento e um controle do que será feito?
Por que não substituem o trote violento pelo trote solidário, no qual calouros e veteranos possam competir, pacificamente, para ver quem mais arrecada alimentos e/ou livros e, no final, as universidades distribuiriam prêmios, entre os vencedores, em recompensa pelo seu empenho?
Por que não diligenciar para que se realize um show musical, com os veteranos-artistas ou a contratação de uma banda da preferência da maioria, e recepcionar a todos os novatos com alegria e bons modos para assim fazerem jus à graduação em que se encontram?
Certamente, várias mentes, pensando juntas, teriam idéias bem melhores e mais criativas que estas. Então, por que não fazê-lo?
Felizmente, alguns setores da sociedade estão se mobilizando para coibir os trotes violentos. Em muitas cidades brasileiras, o Ministério Público já começou a agir: foram abertas sindicâncias entre outras medidas. Todavia, ainda é pouco. O corpo social precisa colaborar - orientando os seus filhos - para evitar que eles adotem esse tipo de comportamento desprezível. Todos nós, responsáveis por essa juventude, não devemos nos omitir. Precisamos cobrar dos governantes uma solução – leis mais específicas ajudariam – e a garantia de que esses indivíduos covardes não ficarão impunes e receberão o castigo merecido. Somente desta forma, a alegria de um calouro, pelo seu ingresso em um curso superior, não se converterá em decepção, medo, terror ou morte.
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3 comentários:
Lindo, lindo.
Gostei do blog. principalmente o mais "feminino", parece com você.
Seu exemplo me anima. Em brevbe quero fazer o meu, nosso, de todos os internautas.
Xauuuuuuuuuuuuuuuuuuu.
Joscelito Marques
Querida amiga Selene,el nuevo formato de tu blog està muy bonito, muchas gracias por poner mi link.
Con respecto a tu post comparto esa alarma en las nuevas conductas de los estudiantes.Aquì en mi paìs no sucede en la Universidad, pero sì en los colegios primarios y secundarios.¡¡¡Los niños mas chicos!!!. Resulta deprimente ver èsta nueva generaciòn de niños, pero mucho màs grave, sus padres y nuestros gobernantes.
Gracias por ser tan sensible a èstos temas, amiga.
Un beso de tu amigo Beto
Oi,maninho!
Como sempre, você me dando aquela força...
Obrigada e um abraço forte!
Beto:
Muchas gracias por tus palabras elogiosas y delicadas.
Mi misiòn atravès de mis blogs es intentar hacer reflexionar y ayudar a las personas. Es una gran responsabilidad...
Un abrazo para vos, amigo!
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