Imagem: WEB
Copyright © 2010 – Josselene Marques
Ao raiar de mais um dia, sigo
minha viagem por diferentes veredas. Especialmente hoje, aproveito para
realizar um encontro comigo mesma e descobrir se é necessária esta busca
incessante. Durante este exercício reflexivo, um turbilhão de pensamentos e imagens
povoa a minha mente. Inevitavelmente, relembro de fatos e emoções que aguçam os
meus sentidos. Os recortes do meu viver, vindos em flashbacks, deixam-me
totalmente abstraída e, naturalmente, perco a noção de tempo e espaço. Após
recuperá-la – de volta ao presente –, à minha frente, percebo a existência de
dois caminhos à minha escolha. Penso: qual deles me levará à verdadeira
felicidade?
Uma chuva fina começa a cair.
Protejo-me sob um guarda-chuva, que sempre carrego comigo. Tenho que continuar
o percurso e escolher o melhor rumo a tomar. No entanto, fico insegura, pois as
lágrimas da natureza embaçam a minha visão. Procuro manter a calma e a lucidez.
Concentro-me e uso minha capacidade intuitiva. Opto pelo caminho menos
atrativo. Algo me diz que ele é o mais seguro. Intrépida, dou os primeiros
passos em direção à senda escolhida. Em estado de alerta, todos os sentidos me
asseveram que estou no caminho certo. Percorridos vários quilômetros da
existência, um tanto cansada, alimento o desejo de chegar a algum lugar no qual
possa descansar e encontrar a felicidade.
Transcorrido um tempo
não-convencional, chego ao meu destino. Sinto um misto de surpresa e alegria. A
chuva cessa e, a poucos metros, avisto um lugar que me é muito familiar. Entro,
abraço a todos que já sentiam a minha falta. No aconchego do meu lar, vendo o
meu reflexo no espelho e o carinho da recepção, entendi que a felicidade sempre
esteve dentro e em volta de mim. O que me impedia de vê-la era a forma como eu
olhava tudo e todos ao meu redor. Ah! A viagem não foi em vão. Às vezes,
precisamos sair de nosso mundo para termos uma visão mais ampla e nítida de nós
mesmos e do que, realmente, faz sentido em nossa vida.
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3 comentários:
Muito bonito, Josselene. As metáforas, de cunho pessoal, levam o leitor a também querer experimentar o caminho que a autora percorreu para se encontrar consigo mesma.
Abraço,s
Raí
Menina,
Que texto maravilhoso!!! Tu prendeu a minha atenção do início até o final. Tu tem talento, sabia?!!!
Teu blog foi uma feliz descoberta para mim. Parabéns.
Bjos!
Daniel Lucas de Magé-RJ
Raí:
Estou aprendendo... É um exercício diário na arte de escrever.
Obrigada pelo elogio e pelo incentivo.
Ótimo final de semana.
Daniel Lucas:
Você é muito amável. Obrigada.
Quanto ao blog, sinta-se em casa.
Minha principal razão de escrever é o leitor.
Volte sempre!
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