sábado, 2 de maio de 2009

Como potencializar a memória?


Imagem: WEB

Atualmente, é comum vermos pessoas de diferentes faixas etárias queixando-se de lapsos de memória. Há, inclusive, casos graves de pais que esquecem os próprios filhos dentro de automóveis, outros que não conseguem lembrar se já tomaram ou não seus medicamentos, pessoas que, se interrompidas em uma conversa, têm dificuldade em retomar o assunto por já não mais se recordarem de “onde pararam” entre tantas outras situações que vivemos ou presenciamos em nosso cotidiano. Se você se encaixa neste perfil, não se preocupe. Há mais de seis bilhões de seres humanos com a “síndrome do esquecimento”. Foi exatamente este número exorbitante que motivou estudiosos ingleses a realizarem mais uma pesquisa neurocientífica. Concluídos os estudos - publicados recentemente -, eles chegaram a uma conclusão surpreendente: precisamos esquecer para lembrar.


A princípio, tal afirmação parece uma sandice ou mais uma daquelas teorias que proliferam sem chances de comprovação. No entanto, se raciocinarmos, com calma, veremos que a descoberta tem fundamento. Apesar de possuir uma capacidade de armazenamento quase ilimitada, o nosso cérebro, devido aos mais variados estímulos e inúmeras atribuições, pode ficar, de certa forma, saturado. Por isso, muitas vezes, nos contrariamos porque nos lembramos de insignificâncias e olvidamos de coisas importantes.

Antes da divulgação desta pesquisa, era consenso que uma memória puxa a outra (o cérebro armazena informações através de conexões temporárias, permanentes ou semipermanentes entre os neurônios) – e isso é verdade em alguns casos. Contudo, de acordo com este moderno, polêmico e revolucionário estudo, acontece exatamente o contrário, isto é, quando nos lembramos de alguma coisa, esquecemos de outras porque, ao buscarmos a memória de algo, debilitamos as outras memórias. Para o cérebro, o ato de lembrar é decodificado como o de reaprender, o que gera sobrecarga. Ele não consegue distinguir o que é relevante ou irrelevante para nós. Consequentemente, acabamos por esquecer coisas das quais gostaríamos de lembrar. Para entendermos melhor, é importante sabermos que, numa tentativa automática para não se sobrecarregar com o volume imenso de informações diárias, o cérebro divide as tarefas usando cinco tipos diferentes de memória: a semântica (a memória do conhecimento, do raciocínio, das palavras), a visual (uma das mais potentes, registra tudo o que vemos), a processual (proporciona novas habilidades ao corpo) a topocinética (situa-nos no espaço) e a episódica (é a nossa memória particular).

Então, o que fazer para potencializar a memória?

Os cientistas recomendam que:


· por alguns instantes, procuremos deixar o cérebro ocioso (ele precisa de um intervalo para estabilizar as lembranças);

· bebamos uma taça de vinho por dia, tomemos chá ou comamos chocolate (os flavonóides, comuns aos três, melhoram consideravelmente a memória). Mas não exageremos! O excesso de açúcar, na corrente sanguínea, compromete a memorização além de engordar – é claro!

· exercitemos a memória, repetindo, várias vezes, apenas o que queremos lembrar.

· pratiquemos exercícios físicos e meditação (a partir dos 40 anos, perdemos gradativamente a capacidade de regular os níveis de glicose no sangue. O cérebro necessita de glicose na medida certa para funcionar bem - o consumo é “on line” –, pois o cérebro não acumula ou armazena glicose. Não é à toa que os médicos recomendam dietas e exercícios).

· evitemos, ao máximo, situações estressantes (elas produzem cortisol e noradrenalina, hormônios inimigos da memória.)

Portanto, enquanto não tivermos acesso aos chips de memória e à pílula da supermemória, que estão sendo desenvolvidos e em poucos anos estarão no mercado, sigamos as orientações repassadas por cientistas, especialistas e médicos a fim de tenhamos uma melhor qualidade de vida e nos previnamos contra aborrecimentos e constrangimentos que a falta de memória possa causar.
Copyright © 2009 – Josselene Marques
© Todos os Direitos Reservados

4 comentários:

JullyetK disse...

Ôô aula ...[bjss]

Baladas mp3 disse...

Excelente informe Jossi, mucha data cientìfica que ojalà pueda llevarnos hacia un cerebro sano.Pero yo no puedo dejar de acotar una pequeña veta de humor..¿si yo hago todo èsto del informe recordarè dònde dejè las llaves de mi casa ayer..?
Jeje el cerebro tiene nuestra edad tambièn.
Cordiales saludos amiga.

Anônimo disse...

É por isso que, de vez em quando eu esqueço de comentar seu blog! Agora já sei porque. Rsss. Falando sério, essa mudança no comportamento da humanidade, com infinitas possibilidades e conhecimentos, gerou transtorno mental. São muitas informações ao mesmo tempo! Ótima opção: deixar o cérebro ocioso. Vou fazer isso. A partir desta semana, todos os dias, vou tirar duas horas para apenas deixar meu cérebro ocupado com apenas o desfrutar das coisas amenas, prazerosas e gostosas da vida: amar.
Beijos!
Rodin

Josselene Marques disse...

Jullyet:
Minha eterna aluna!
Obrigada por sua visita. Volte sempre, linda!

Beto:
Gostei do seu senso de humor. Faz sentido a sua colocação.
Também concordo com você quando diz que "o cérebro tem a nossa idade."
Muito obrigada por sua companhia neste blog. Ela é sempre bem-vinda.
Abraço fraterno.

Rodin:

Interessante. Apesar da seriedade do texto, vocês dois (Beto e Rodin) conseguiram extrair do mesmo reflexões bem-humoradas e, no seu caso, Rodin, pretende até alterar sua rotina. Que bom!Creio que este blog está atingindo os seus objetivos.
Obrigada e volte sempre.

Vocês são a motivação da qual necessito para seguir com este trabalho/lazer.