de junho deste ano, Vargas Llosa
autografando uma de suas obras.
Após 20 anos, o idioma espanhol recupera o Nobel de Literatura. O prêmio foi concedido ao escritor peruano Jorge Mario Pedro Vargas Llosa pela Academia Sueca, nesta quinta-feira. Llosa receberá o prêmio de 10 milhões de coroas suecas (cerca de 1,5 milhão de dólares ou 2,5 milhões de reais) numa cerimônia em Estocolmo, no dia 10 de dezembro - aniversário da morte de Alfred Bernhard Nobel (1833-1896), o inventor da dinamite.
De acordo com a academia, Vargas Llosa foi premiado por sua “cartografia das estruturas de poder” e “vigorosas imagens de resistência individual, revolta e derrota” das pessoas submetidas a ela. Graduado em letras e direito - com doutorado em Filosofia, Letras e vários doutorados honoris causa por universidades como Yale (1994), Universidade de Israel (1998), Harvard (1999), Universidade de Lima (2001), Oxford (2003), Universidade Europeia de Madrid (2005) e Sorbonne (2005) - seus escritos têm o poder de tocar as pessoas, pois retratam a corrupção e a vida política da América Latina.
Atualmente com 74 anos e morando em Nova York, onde ministra aulas na Universidade de Princeton, é autor de mais de 30 romances, peças e ensaios. Vargas Llosa é o primeiro sul-americano a ganhar o prêmio depois do colombiano Gabriel Garcia Márquez, agraciado com o prêmio em 1982. Além deles, outros dois sul-americanos receberam essa honraria: os poetas chilenos Gabriela Mistral (1889-1957), em 1945, e Pablo Neruda (1904-1973), em 1971.
Liosa é autor premiado desde a sua primeira obra: o livro de contos Los jefes (Os Chefes) – publicado em 1959. Com ela, conquistou o prêmio Leopoldo Arias. Contudo, o reconhecimento internacional deu-se em 1963, com o polêmico romance La ciudad y los perros (A Cidade e os Cachorros).
Merecem destaque entre as suas publicações: Conversación en La Catedral (Conversas na Catedral), de 1969, La tía Julia y el escribidor (Tia Júlia e o Escrivinhador), de 1977, La guerra del fin del mundo (A Guerra do Fim do Mundo), de 1981 e La fiesta del Chivo (A Festa do Bode), de 2000. Seu romance mais recente foi publicado em 2006, Travesuras de la niña mala (Travessuras da Menina Má). Em novembro, publicará o romance El sueño del Celta (O Sonho do Celta).
Obra de Llosa que trata de
um fato da história do Brasil
Curiosidade para os brasileiros: em seu livro La guerra del fin del mundo (A Guerra do Fim do Mundo), Llosa escreveu sobre a Guerra de Canudos (1896-1897). Sua narrativa mescla personagens reais e fictícios. O líder Antônio Conselheiro, por exemplo, é descrito com base na obra Os sertões, de Euclides da Cunha que trata do mesmo tema. Llosa, inclusive, visitou o Brasil, e permaneceu por alguns meses, no período em que rascunhava esse livro.
Para mais informações sobre Vargas Llosa, acesse:
http://www.mvargasllosa.com/
http://nobelprize.org/
Um comentário:
Isso faz bem para os escritores latinos. Mais e mais - daqui para frente.
Abraço,s
Raí
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