sábado, 16 de julho de 2011

Facundo Cabral

Facundo Cabral

compositor, cantor e escritor argentino
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Hoje faz, exatamente, uma semana que o planeta perdeu mais um “Mensageiro da Paz” (título conferido pela UNESCO a este homem extraordinário, em 1996, por seus constantes apelos à paz mundial). Refiro-me ao compositor, cantor e escritor argentino Facundo Cabral, assassinado, aos 74 anos, na Cidade da Guatemala, no último dia 9, no momento em que se dirigia ao aeroporto, para pegar um voo com destino à Nicarágua.

Após ler uma referência ao artista, no blog do amigo Beto, pesquisei um pouco sobre sua vida e fiquei deveras impressionada. Ele foi um exemplo de superação e determinação. Teve uma infância pobre, problemas com o álcool e a polícia. Em sua adolescência, num reformatório, recebeu orientação espiritual e ajuda de um padre jesuíta que lhe ensinou a ler e escrever, além de incentivá-lo a seguir estudando. Em pouco tempo, descobriu a música que lhe deu projeção internacional ao ponto de gravar em 9 idiomas, inclusive, com Alberto Cortez, Julio Iglesias e Don Pedro Vargas. Seu grande sucesso foi a música "No soy de aquí, ni soy de Allá” (1970). Como autor literário, merecem destaque os livros: “Conversaciones con Facundo Cabral”, “Mi Abuela y yo”, “Salmos”, “Borges y yo”, “Ayer soñé que podía y hoy puedo”, e o “Cuaderno de Facundo”.

Abaixo, um trecho, com tradução, de uma linda reflexão, escrita por Facundo Cabral, intitulada
“Não estás deprimido, estás distraído”.

[...] “No estás deprimido, estás distraído, por eso crees que perdiste algo, lo que es imposible, porque todo te fue dado. No hiciste ni un solo pelo de tu cabeza por lo tanto no puedes ser dueño de nada. Además, la vida no te quita cosas, te libera de cosas. Te aliviana para que vueles mas alto, para que alcances la plenitud. De la cuna a la tumba es una escuela, por eso lo que llamas problemas son lecciones. No perdiste a nadie, el que murió simplemente, se nos adelantó, porque para allá vamos todos. Además lo mejor de él, el amor, sigue en tu corazón.” [...]


[...] Não estás deprimido, estás distraído, por isso acreditas que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado. Não fizeste um só cabelo de tua cabeça, portanto não podes ser dono de nada. Além disso, a vida não te tira coisas, a vida te liberta de coisas. Ela te alivia para que voes mais alto, para que alcances a plenitude. Do útero ao túmulo, vivemos numa escola, por isso, o que chamas de problemas são lições. Não perdeste nada, aquele que morreu, simplesmente, está adiantado em relação a nós, porque para lá vamos todos. Além disso, o melhor dele, o amor, segue em teu coração. [...]

4 comentários:

Anônimo disse...

Uma boa biografia.
Abraço,s
Raí

Beto disse...


Oh mi Dios, benditas sean la spersonas que saben rescatar las cosas buenas, sean de donde fueran.
Gracias amiga Jossi, no por mí, sino por el acto de justicia al destacar a un ser humano que sólo se dedicó a iluminar a las personas.
Gracias querida.

Josselene Marques disse...

Caro Raí:

Obrigada por estar sempre aí, valorizando o que escrevo e, desta forma, me incentivando a seguir atualizando este espaço virtual.
Será sempre bem-vindo!
Cordial abraço.


Beto:

Foi com prazer que divulguei a história desse vencedor.
De fato, fiquei impressionada com a história dele: o pai abandonou a família um dia antes de ele nascer e sua mãe juntamente com seus irmãos, que moravam na casa de seu avô paterno, foram expulsos e Facundo nasceu ao relento, em uma das ruas da cidade de La Plata; aos nove anos, viajou sozinho, por quatro meses, de carona em carona, com o objetivo de conseguir trabalho para sua mãe. Ouvira dizer que o presidente argentino "dava trabalho aos pobres". Conseguiu chegar a Buenos Aires e driblar o esquema de segurança Casa Rosada, ocasião em que fez o pedido ao Presidente Perón - no que foi atendido. Só aprendeu a ler aos 14 anos; enviuvou aos 40 e conheceu seu pai aos 46. Não tinha residência fixa. Vivia em hotéis. Sua vida foi marcada por lutas constantes mas, mesmo assim, conseguiu projetar-se internacionalmente por seu talento, determinação. O seu senso de justiça e sua preocupação com a necessidade de paz mundial lhe renderam um título da UNESCO.
Como vê, procurei apenas fazer uma humilde homenagem a esse ser ímpar que, certamente, cumpriu sua missão terrena a contento. Que Deus o tenha!
Obrigada por sua visita e volte sempre que for possível!
Cordial abraço.

Anônimo disse...

O munda sempre fica mais pobre quando perde pessoas como Facundo Cabral. Obrigada por compartilhar um pouco de sua grandiosa biografia. Abraços. Ângela R Gurgel